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Os oceanos são importantes reguladores do Clima em todo o planeta. Nos Estados Unidos, o oceano Pacífico influencia o clima de toda a costa oeste do país.
A população da Califórnia ainda convive com um racionamento de água severo imposto pelo governo estadual em abril de 2015. Esta foi uma das medidas para contornar a seca histórica que vive o estado. O quadro de seca excepcional resultou de um somatório de três períodos chuvosos deficientes. Desde 2012, os invernos (dezembro a março no Hemisfério Norte) foram de pouca chuva e o pior deles foi o de 2015.
As variações da temperatura do Pacífico, o maior de todos os oceanos do planeta Terra, têm determinam importantes mudanças no padrão de temperatura e de precipitação do estado da Califórnia.
Este ano, as águas do oceano Pacífico se aqueceram novamente acima do normal, caracterizando o fenômeno El Niño. O El Niño de 2015 é considerado forte, mas um dos aspectos excepcionais deste evento é a extensão das águas superaquecidas.
A costa da Califórnia é tradicionalmente de águas frias e desde o ano passado, o mar tem estado com temperatura bastante acima do normal.
Sabemos que a costa da Califórnia é uma das regiões de ressurgência semipermante no planeta.
A porção sul da costa oeste dos Estados Unidos, que corresponde à costa da Califórnia, é historicamente uma das regiões do planeta mais impactadas pelo El Niño.
Como o fenômeno interfere na chuva e da temperatura na Califórnia? E a ressurgência? O El Niño favorece chuva para a Califórnia, mas será que o estado conseguirá sair da situação de seca excepcional?
Estas questões são abordadas pela meteorologista Leila Carvalho, professora da Universidade da Califórnia, em entrevista ao Climatemponews no início de outubro de 2015.