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El Niño antecipa a estiagem do outono/inverno

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Após a chuva volumosa de janeiro sobre o Sudeste, o Nordeste, parte do Norte, do Centro-Oeste e do Sul do Brasil, quando houve a formação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), a circulação de ventos e o padrão de pressão característicos do El Niño voltaram a predominar sobre o Brasil.

 

Anomalia é a diferença em relação à média.  Os tons de azul representam chuva acima da média e os tons em alaranjado ou vermelho indicam chuva abaixo do normal para o mês.

 

 

Um dos efeitos mais importantes foi o de aumentar a atuação sobre o Brasil do sistema ASAS - alta pressão atmosférica do Atlântico Sul. Outro efeito é o de causar bloqueios atmosféricos alterando o caminho das frentes frias e do ar polar associado à elas.

Todo o sistema de alta pressão reduz a umidade do ar e consequentemente a nebulosidade e as condições para chuva.

A atuação mais prolongada do sistema ASAS reduziu a chuva de fevereiro na maioria das áreas do país.

 

 

Em março, a chuva voltou a ser volumosa no Sul, aumentou bastante no Norte e foi mais frequente em muitas áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, mas continuou escassa na região do Espírito Santo, do norte de Minas Gerais e do Rio De Janeiro, na maioria das áreas do Nordeste e do Tocantins. No fim do verão, quase toda a chuva da estação caiu em janeiro na maioria das áreas do Sudeste, do Centro-Oeste, do Tocantins e até do Nordeste.

 

 

 

Estiagem no DF já começou

 

Abril seco

Em abril ainda temos médias de chuva da ordem de 100 mm, mas de março para abril já se pode notar um grande redução dos volumes médios de chuva no Sudeste, no Centro-Oeste, em parte do Nordeste, no Paraná e no Tocantins.

A chuva diminui naturalmente nestas áreas em abril, mas a intensificação da ASAS, também é efeito do El Niño, na primeira quinzena do mês praticamente eliminou a chance de se fechar o mês com chuva dentro ou próxima da média. O El Niño antecipou o inicio da estiagem do outono/inverno especialmente no Sudeste, no Centro-Oeste, mas também na Bahia e até no norte do Paraná.

O bloqueio atmosférico causado pela ASAS deve começar a enfraquecer durante o feriado prolongado de 21 de abril. Isto vai fazer com que as frentes frias comecem a entrar de novo no interior da Região Sul e cheguem a algumas áreas do interior do Sudeste e do Centro-Oeste. Mas a chuva que vier com estas frentes frias não será volumosa e não vai repor a chuva que não caiu em abril até agora. A chance de recuperação é quase inexistente.

A falta de chuva em abril deve ter um grande impacto negativo na produção do milho safrinha especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

A meteorologista Josélia Pegorim comenta como deve ser distribuída da chuva no país na segunda quinzena de abril.

 

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