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A primavera é normalmente uma estação de pouca chuva e muito calor sobre o Nordeste. Numa situação, a chuva retorna ao oeste da Bahia e ao sul do Maranhão e do Piauí. Mas para a maioria das áreas no Nordeste, o sol forte, calorão e tempo seco são comuns características comuns em dias de outubro, novembro e dezembro.
É durante o verão que as condições para chuva aumentam na porção centro-norte do Nordeste, com a influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) Na porção leste da Região, a estação mais chuvosa é o outono.
A combinação de um período com temperatura do oceano Atlântico desfavorável com o forte El Niño 2015/2016 interferiu negativamente no ciclo de chuva do Nordeste nos últimos cinco anos.
A falta de chuva no verão e no outono de 2016 sobre o Nordeste não pode ser atribuída apenas ao El Niño, mas o fenômeno potencializou o quadro de seca que já estava instaurado no Nordeste.
No verão 2015/2016 a chuva veio forte sobre a Bahia e em outros estados do Nordeste. Mas a escassez de chuva foi o que predominou no restante da estação. A costa leste também teve um período chuvoso fraco este ano.
Mas agora as perspectivas são completamente diferentes. O El Niño já terminou e não há previsão que o fenômeno retorne até o fim deste ano e nem em 2017. Ao longo da primavera de 2016 deve haver a formação de um evento La Niña com fraca intensidade. Este fenômeno é contrário ao El Niño e é caracterizado por águas oceânicas mais frias do que o normal na porção central e leste do Pacífico Equatorial. A não existência do El Niño na primavera de 2016 e no verão 2016/2017 é um dos principais condições que sustentam a previsão de que a chuva retorna ao Nordeste.
O quadro mostra um resumo do comportamento da chuva e da temperatura esperados para a Região Nordeste na primavera de 2016.
O meteorologista da Climatempo Alexandre Nascimento comenta o que esperar do Clima no Nordeste do Brasil na primavera de 2016.