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Vem aí uma frente fria muito importante para Brasil. Mas sua passagem poderá provocar chuvas destrutivas.
O impacto do calor intenso com marcas acima dos 40°C no norte argentino e a chegada desta frente fria provocou tempestades nesta terça-feira sobre áreas do Uruguai, incluindo a capital Montevidéu, e do centro-norte e leste da Argentina, que atingiram também região de Buenos Aires.
Na capital uruguaia, o aeroporto internacional Carrasco registrou rajadas de vento com até 105 km/h, mas durante todo o dia ocorrera muitas rajadas entre 40km/h e 60km/h, com chuva forte e muitos raios.
Durante a tarde desta terça-feira, as nuvens carregadas desta frente fria começaram invadir o Rio Grande do Sul também provocando temporais.
Esta frente fria é especial, importante, não apenas porque tem uma forte área de baixa pressão associada, o que aumenta o risco de tempestades, mas porque deve iniciar uma mudança no padrão de instabilidade que vem sem observado até desde o fim da primavera no centro-sul do Brasil.
É após a passagem desta frente fria que se espera um enfraquecimento da ASAS - Alta Subtropical do Atlântico Sul -, o que vai permitir que mais áreas de instabilidade voltem a se formar sobre o interior do Brasil e portanto o aumento da chuva. Porém, não há ainda indícios da formação de uma ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul.
Esta mudança deve ocorrer durante a próxima semana. Até por volta do dia 9 ou 10 de janeiro , o efeito da ASAS ainda será dominante.
A passagem desta frente fria, junto com o ar muito quente que predomina sobre o Brasil, vai fazer com que a primeira semana de 2017 termine com tempestades sobre o Sul, em muitas áreas do Sudeste e também de parte do Centro-Oeste.
A previsão é que esta frete fria chegue ao litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 7 de janeiro.
Veja o comentário da meteorologista Josélia Pegorim.