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Seca leva França a proibir piscinas portáteis no sul do país

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O governo francês anunciou na sexta-feira (05/05) que vai proibir a venda de piscinas de jardim na região dos Pirineus Orientais, no sul do país, devido à persistente seca que afeta a zona.

 

O ministro francês da Transição Ecológica, Christophe Béchu, disse que os habitantes locais não podem mais se dar ao luxo de encher suas piscinas, já que a região sofre de grave escassez de água.

 

"Temos que sair de nossa cultura de abundância", disse ele à emissora RTL. Ele argumentou que se as piscinas pudessem ser compradas, as pessoas "poderiam ficar tentadas a enchê-las, embora isso não seja permitido".

 

O novo regulamento, que entrará em vigor nesta quarta-feira, inclui também a proibição de regar o gramado, flores ou lavar o carro.

 

 

Venda e uso de piscinas portáteis está proibida na região dos Pirineus devido à seca na França

(Foto: Patrick Pleul/dpa/picture alliance)

 

 

Crise hídrica em quatro distritos


Segundo o prefeito da região, Rodrigue Furcy, grande parte do sul da França está sofrendo com a seca mais severa desde 1959.

 

E os Pirineus Orientais se tornarão o quarto distrito em que a seca atingiu oficialmente o status de "crise".

 

"Os Pirineus Orientais são uma região onde não chove há mais de um ano. Quando se vive uma crise como esta, é muito simples: trata-se de priorizar a água potável e nada mais", enfatizou Béchu.

 

 

Aumento da escassez


Da mesma forma, mais de 40 distritos – quase metade do país – já se encontram em níveis de "alerta" ou "vigilância", o que eleva temores de uma escassez ainda maior do que no ano passado, quando a Europa registrou o verão mais quente da história.

 

Segundo o ministro francês, cerca de 2 mil povoados e cidades correm o risco de ficar sem abastecimento de água este ano.

 

Em 2022, cerca de 400 municípios tiveram que se abastecer com garrafas ou cisternas móveis.

 

 

"Guerra pela água"


"Em vista do que está acontecendo com a natureza e da situação em que nos encontramos, as pessoas terão que aceitar o fato de que o aquecimento global já está acontecendo", disse Béchu. E concluiu: "A guerra pela água desencadeada pela queda das reservas é uma ameaça real à nossa coesão nacional".

 

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