Oferecido por
Ele foi o primeiro brasileiro a por os pés no pólo sul, em 1961. Mas depois de tantas travessias do estreito de Drake, um dos pedaços de oceano mais perigosos e temidos por qualquer tipo de navegação marítima, ainda acha aquele lugar muito estranho.
É um profundo conhecedor da Antártica, o berço das frentes frias que chegam à América do Sul e um dos fatores mais importantes que determinam o Clima no Brasil. Já foi para a continente antártico 12 vezes e afirma: a Antártica também está esquentando.
Já viu e viveu vários furacões quando estagiava no Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Passou pelo Camile, um furacão de categoria 5 tão destruidor, que foi definitivamente banido das listas de nomes dos futuros furacões, que são feitas anualmente.
Também é preciso conhecimento refinado para mapear as correntes térmicas tão desejadas pelos pilotos de planador. Ele é dos poucos que faz este tipo de previsão e pilota estas aeronaves sem motor.
Já fez muita previsão para o ar e para o mar. Não daria para contar quantos ciclones e frentes frias e cavados e altas pressões atmosféricas já analisou na vida. Com seus 90 anos de vida completados em abril deste ano, ainda faz análises meteorológicas.
O entrevistado deste episódio do podcast “O Clima entre Nós” é o meteorologista Rubens Junqueira Villela. Ele é professor aposentado do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) e ajudou a implantar o PROANTAR - Programa Antártico Brasileiro - nas décadas 1970 e 1980.
O professor Villela tem muitas história de tempo, de vida e de clima para contar e esperamos que esta seja a primeira de outras conversas.
Você pode ouvir outras entrevistas do podcast O Clima entre Nós também no youtube e nas principais plataformas na web. Acesse Climatempo podcasts.
Boa escuta!