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Climatologicamente, julho é um mês de pouca chuva no Centro-Oeste. É esse mês que possui as menores médias Climatológicas do ano na Região. De acordo com o INMET, a normal climatológica de chuva em Goiânia é de apenas 6,2 milímetros, de 9,6 milímetros em Cuiabá e de 45,7 milímetros em Campo Grande. Em Brasília, normalmente chove cerca de 12 milímetros em julho. Nessa época do ano, um grande sistema de alta pressão atmosférica em níveis médios da atmosfera (massa de ar seco) costuma atuar com força no Centro-Oeste, impedindo a entrada de frentes frias e a formação de nuvens de chuva.
O mapa abaixo mostra o acumulado de chuva entre os dias 01 e 30 de julho no Centro-Oeste. Apenas o sudeste de Mato Grosso do Sul é que teve chuva significativa.
Para quem aguarda a volta da chuva, a notícia não é nada animadora. Esse cenário de tempo seco vai continuar pelo menos na próxima quinzena, garantindo dias ensolarados e com baixa umidade relativa do ar.
Esse tempo quente e seco, além de incomodar a população, também favorece o aumento do número de queimadas. De acordo com o INPE, o número de focos de fogo entre os dias 01 e 30 de julho aumentou 119% em Mato Grosso em comparação com o mesmo período do ano passado. Em julho de 2015 foram registrados 1408 focos de fogo no Estado, enquanto esse ano foram registrados 3085. O mesmo aumento foi observado em Mato Grosso do Sul. Em julho de 2016 foram registrados 600 focos de queimada, enquanto em julho de 2015 haviam 274. Em Goiás a situação é ainda pior. Entre os dias 01 e 30 de julho de 2016 foram observados 813 focos de fogo, um aumento de 149% em relação ao mesmo período de 2015.