A nuvem de tempestade

Josélia Pegorim

20/10/2016 às 20:44 | Atualizado 20/10/2016 às 20:55

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O começo da segunda quinzena de outubro foi marcada por tempestades sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas que durante o dia 20 de outubro se espalharam com mais força sobre o Paraná e São Paulo.

A combinação de muita disponibilidade de calor e de umidade na atmosfera com a pressão do ar baixa gerou nuvens muito carregadas que provocaram tempestades com muita água, ventania e granizo.

Quando temos uma linha de instabilidade, que é um conjunto de nuvens cumulonimbus organizadas em uma linha, a visão no horizonte é ao mesmo tempo assustadora e fascinante pela grandiosidade e imponência revelando a força da Natureza.

As nuvens se deslocam juntas e suas bases unidas formam um verdadeiro paredão cinza chumbo, cor que indica o grande potencial de água dentro das nuvens.

Não foi a primeira vez que nuvens assim se formaram no Brasil e muitas outras ainda poderão se formar em diversos locais do país durante a primavera e no verão.

Não importa onde e nem em que época do ano, quando avistar uma nuvem assim, tenha medo, proteja-se, pois elas podem matar com seus raios, sua chuva, sua ventania.

Exceto a fotografia de Uruguaiana (RS), todas as outras fotos a seguir foram compartilhadas com a Climatempo e representam o estado do céu entre os dias 14 e 20 de outubro de 2016.

Entenda como se formam os cumulonimbus

São Paulo (SP): visão das nuvens de tempestade chegando na zona oeste da cidade por volta das 6h30 da manhã de 20/10/16

São Paulo (SP): nuvens de tempestade chegando sobre a cidade ao amanhecer de 20/10/16

Mirandópolis (SP) em 14/10/16

Florianópolis (SC), praia do Campeche, 16/10/16: foram nuvens assim que ao passar sobre o mar, no litoral sul de Santa Catarina, provocaram uma súbita e grande variação da pressão atmosférica que gerou a grande onda que invadiu a praia em Balneário Rincão.