Oferecido por
O olho do furacão, diferentemente do que algumas pessoas pensam, na verdade é a parte mais calma de um furacão. Em média o olho de um furacão tem um diâmetro entre 30 e 60 km e é uma região de calmaria, com ventos fracos, com céu claro ou com poucas nuvens.
A pior parte de um furacão é a região que envolve o olho, chamada de parede do olho. Na parede do olho são observados os ventos e chuvas mais intensas do sistema.
Em superfície os ventos convergem em direção ao centro do furacão, forçando o ar a subir e assim formando as nuvens de tempestade. A região da parede do olho é onde essa convergência ou encontro dos ventos é mais intensa. Dessa forma, o ar sobe com maior velocidade, potencializando o transporte de umidade e a energia disponível para a formação das tempestades.
Esquema da parede de nuvens do olho de um furacão
Quando dizemos que o olho de um furacão passará sobre uma região também estamos dizendo que, em algum momento, a parte da parede do olho também passará sobre o local. Por isso, muitas pessoas associam o tempo severo com o olho do furacão. Mas na verdade, o que causa a ventania e a chuva torrencial são as enormes nuvens da parede do olho.
O olho do furacão Irma, e consequentemente sua parede, passou sobre a ilha de Barbuda entre os dias 05 e 06 de setembro como um furacão de categoria 5, com ventos de 295 km/h. O resultado foi a destruição de aproximadamente 95% da região segundo as autoridades locais.
Imagem realçada do furacão Irma do das 02h35 (hora de Brasília) do dia 06 de setembro de 2017. Fonte: NOAA/CIMSS/JPSS
Na imagem a seguir é apresentada a imagem realçada do satélite GOES-13 do furacão Maria do dia 19 de setembro às 11h45 (hora de Brasília). Os tons em vermelho indicam a região de nuvens com topo mais frio, ou seja, nuvens com maior desenvolvimento vertical.
Imagem realçada do furacão Maria com destaque para a região da parede do olho. FONTE: NOAA
Fontes: