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A temporada 2018 de furacões do Atlântico Norte começou no último dia 1º de junho e até o momento tivemos a formação de apenas uma tempestade: Alberto, que não chegou à categoria de furacão. Alberto se formou antes do início oficial da temporada, no dia 25 de maio, e afetou principalmente Belize, México, Estados Unidos e Canadá. Doze mortes foram confirmadas e o prejuízo material foi avaliado em 50 milhões de dólares.
O período mais propício à formação de grandes furacões compreende os meses de agosto e setembro, quando o oceano está mais aquecido. A NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, na sigla em inglês), divulgou em seu boletim oficial que espera uma temporada com um número de tempestades dentro da normalidade.
A previsão é que de 10 a 16 tempestades sejam nomeadas em 2018, sendo que deste total, de 5 a 9 devem evoluir a ponto de serem nomeados como furacões, incluindo de 1 a 4 grandes furacões. Durante uma temporada normal de furacões, que se estende de 1° de junho a 30 de novembro, a média é de 12 tempestades nomeadas, sendo que seis são elevadas à categoria de furacão e três grandes furacões.
A lista de nomes a ser usada nesta temporada de furacões no Atlântico Norte é a seguinte:
Como se formam os furacões?
Os furacões se formam sobre as águas quentes do oceano na região equatorial, geralmente com temperatura da superfície acima de 26°C. A alta umidade e o calor são os combustíveis para a formação de grandes nuvens carregadas, que se aglomeram e formam um conjunto de tempestades. Esses sistemas se deslocam para oeste, seguindo o fluxo natural de deslocamento dos ventos na região equatorial e vão sendo alimentados por mais umidade e calor ao longo do trajeto. Isso ajuda a formar um centro de baixa pressão e se as condições forem favoráveis, esse conjunto de nuvens começa a circular em torno desse centro, criando uma forma espiral. Conforme o vento se intensifica, a tempestade tende a aumentar de tamanho, passa a ser nomeada quando atinge 62 km/h e recebe a classificação de furacão (no caso do Atlântico Norte) ao atingir vento sustentado de 119 km/h.
Veja como acontece a evolução das tempestades:
Após a tempestade ser classificada como furacão, existem as 5 diferentes categorias da escala Saffir-Simpson, baseada na velocidade sustentada dos ventos. Confira:
Lembrando que essas velocidades referem-se ao vento sustentado ao longo de 1 minuto. No entanto, rajadas mais fortes e que duram segundos, podem ser ainda mais intensas.
O recorde mundial de maior velocidade de vento registrada fora de um tornado, foi durante a passagem do Ciclone Tropical (nome dado aos ciclones tropicais que se formam no Oceano Índico) Olivia, na Austrália, em 10 de abril de 1996. A estação meteorológica da ilha de Barrow registrou uma rajada de 408 km/h.
Entenda a diferença entre furacão, ciclone tropical e tufão:
Furacão é o nome regional dado aos ciclones tropicais que se formam no Atlântico Norte, Mar do Caribe, Golfo do México e Pacífico Nordeste. O mesmo fenômeno, quando se forma no Pacífico Noroeste, recebe o nome de Tufão. Já no Índico e no Pacífico Sudoeste, eles recebem o nome genérico de Ciclone Tropical. Os estágios de formação recebem denominações diferentes de acordo com a região, mas os processos físicos envolvidos no nascimento destes sistemas meteorológicos são os mesmos.
Veja no Explicando o Tempo: Saiba a diferença entre furacão, tufão e ciclone tropical