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Brasília está completando 78 dias praticamente sem nenhuma gota de chuva. Desde o início do mês de maio, a capital federal só registrou chuva uma vez, entre o dias 19 e 20 acumulando na ocasião 10,9 mm, pelo Instituto Nacional de Meteorologia.
Com exceção deste evento, serão três meses consecutivos de estiagem na região. Em junho não houve registro de chuva e julho segue o mesmo caminho, sem expectativa de chuva até o final do mês.
Com o tempo seco prolongado os problemas de saúde se agravam e o risco de fogo nas matas também aumenta. Neste mês, foram registrados 14 focos de fogo contra 8 no mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE). O risco de queimadas permanece alto em todo o Distrito Federal.
Foto: Halysson Almeida. Brasília/DF.
Como estão os reservatórios?
Segundo a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), o Descoberto opera com 86,8% do volume útil nesta terça-feira (17). Já o Santa Maria está com 59% do volume útil.
"Com a estiagem prolongada, os principais reservatórios que abastecem o Distrito Federal
já estariam em uma situação muito crítica, mas a chuva que caiu durante o verão e o começo do outono, conseguiu segurar essa queda", explica a meteorologista Josélia Pegorim.
A chuva que caiu sobre Brasília nos meses de fevereiro, março e abril, foi essencial para a recuperação dos sistemas, que entraram o verão de 2017/2018 com o nível baixo. Em 23 de novembro de 2017, o Descoberto chegou a 5,5% do volume útil.
Em fevereiro de 2018, choveu cerca de 272 mm, o correspondente a 49% acima da normalidade, pelas medições do INMET. Na sequência, em março, o acumulado de chuva atingiu 241 mm, ou 14% acima da média e abril também foi um mês favorável, com volume total de 219 mm, o equivalente a 64% acima da normalidade.
"Estamos no período normal de estiagem na região e é comum não chover em junho e julho. As médias de chuva são muito baixas neste período", completa Pegorim. As pancadas de chuva só começam a retornar em geral na segunda quinzena de setembro, com a proximidade da primavera e só em outubro ficam regulares.