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Como será primavera para os reservatórios de água da Grande SP?

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5 min de leitura

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Estamos chegando ao fim da terceira semana de setembro e a situação dos reservatórios administrados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) está complicada.

 

 

Situação atual dos reservatórios

Na manhã de 19 de setembro, o volume de chuva acumulado estava pelo menos 60% abaixo da média histórica para o mês, em quase todos os reservatórios. No Sistema Cantareira, o total de chuva atingia 50% abaixo da média. O reservatório que teve menos chuva em relação à média para o mês foi o Alto Cotia, onde a chuva acumulada em 19 dias estava 76% abaixo da média histórica.

 

No dia 19 de setembro, o armazenamento no Cantareira estava em 34,8% e o sistema completou 53 dias consecutivos em “alerta”. Na faixa de “alerta”, o volume útil de água acumulado é igual ou maior que 30% e menor que 40% da capacidade total. Nesta situação, a Sabesp, empresa que gerencia o abastecimento de água no estado de São Paulo, pode retirar no máximo 27 mil litros de água por segundo do Sistema Cantareira. Esta norma foi determinada pela Agência Nacional das Águas (ANA), após a severa crise hídrica vivida no estado de São Paulo nos anos de 2014 e 2015.

 

Reservatório

Chuva setembro (mm)

até 19/9

% da diferença para a média

Média de chuva setembro (mm)

Armazenamento

Cantareira

44,8

48% abaixo

87,1

34,8%

Alto Tietê

28,6

65% abaixo

82,4

47,1%

Guarapiranga

24,8

69% abaixo

79,0

50,7%

Alto Cotia

20,8

75% abaixo

85,3

44,3%

Rio Grande

29,2

70% abaixo

97,3

77,6%

Rio Claro

52,9

64% abaixo

145,3

41,2%

Fonte: Sabesp

 

Chuva preocupa nos próximos meses

Os reservatórios de São Paulo não vão poder contar com a chuva da primavera para a sua plena recuperação. A meteorologista da Climatempo Patricia Madeira, especialista em previsão climática alerta que "O problema desta primavera será a qualidade da chuva. A estação será marcada por chuva irregular. Não teremos muitos dias com chuva persistente e generalizada. Sem isto, contando apenas com aquelas pancadas de chuva que nem sempre caem no lugar certo, será mais difícil recuperar o volume de água. Esta chuva em pancadas em geral não gera um aumento expressivo e constante do nível de armazenamento."

 

A expectativa de um El Niño durante o verão 2018/2019 aumenta a preocupação com a falta de chuva. Patricia Madeira explica que "o verão ainda será complicado, pois teremos um El Niño atuando e isto vai deixar a chuva ainda mais irregular. A população precisa ter consciência de que está mais que na hora de economizar mesmo, para não termos problemas sérios mais para frente.”

 

Saiba mais sobre a influência do El Niño na chuva do verão nos reservatórios de SP

 

 

Previsão para a primavera 2018

Durante o mês de outubro, a chuva deve se concentrar em poucos dias, especialmente na primeira e na terceira semana do mês, quando as pancadas de chuva serão frequentes. Alguma elevação do nível é possível. A segunda quinzena será quente e isto vai acelerar a evaporação e o nível dos reservatórios tende a baixar.

 

Para novembro, a previsão é que a chuva caia com mais regularidade. O mês deve terminar com chuva dentro ou um pouco acima da média histórica. A tendência de elevação do nível dos reservatórios deve predominar.

 

Já para dezembro, um mês em a média de chuva de todos os reservatórios é bastante elevada e varia, em média, de 170 mm a 260 mm, segundo dados da Sabesp de 2017, a previsão é de que a chuva fique dentro ou até um pouco abaixo da média histórica.

 

Confira a previsão geral para a primavera na Região Sudeste

 

 

 

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