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Faltando a chuva de seis dias para fechar outubro, a maioria das capitais brasileiras tem pouca chance de recuperar o que não choveu ao longo do mês. Até 9 horas do dia 25 de outubro, apenas 4 das 27 capitais tinham acumulado de precipitação igual ou acima da média.
Curitiba era a capital com maior volume acumulado (214 mm) e com maior diferença positiva em relação à média histórica (54% acima da média). Em segundo lugar está Belo Horizonte com 44% de chuva acima da média. Até o dia 25 choveu aproximadamente 151 mm e a média é de 105 mm. Em 25 dias, Goiânia acumulou 191 mm, 23% acima da média e no Rio De Janeiro, a chuva de outubro já estava muito próxima ou passava da média histórica em quase todos os bairros, pela medição do Alerta Rio - Prefeitura do Rio de Janeiro.
Sem chance
É preciso lembrar que outubro é um mês de pouquíssima chuva nas capitais do Nordeste e também é parte do período seco, ou de pouca chuva, em Manaus, Belém, Macapá e Boa Vista. Assim, não chover ou chover pouco nestas capitais é normal neste mês e a falta de chuva de em outubro não tem grande impacto no acumulado anual de chuva.
Chance de chover nas capitais do Nordeste nos últimos seis dias de outubro é muito baixa. Assim, outubro deve terminar com grande deficiência de chuva. Uma grande massa de ar seco predomina sobre o Nordeste e a chance de formação de nuvens é pequena.
Chance de recuperação
As capitais do Norte têm alguma chance de atingir a média histórica, mas a chuva mais frequente até o fim do mês deve ocorrer na região de Rio Branco e de Porto Velho.
Com a expectativa de muitas áreas de instabilidade nos últimos dias de outubro sobre o Sudeste e sobre o Centro-Oeste, há uma grande chance de São Paulo, Brasília e Campo Grande fecharem o mês com chuva dentro ou acima da média. Vitória e as capitais Florianópolis e Porto Alegre devem reduzir a deficiência de chuva.
Foto de Paulo Tigrão, Curitiba (PR)
Balanço parcial da chuva de outubro das capitais
A tabela mostra quanto choveu nas capitais brasileiras em outubro, até 9 horas do dia 25, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia. Para Porto Velho e Campo Grande o volume de chuva considerado foi o das estações meteorológicas automáticas que operam nestas capitais. No Rio de Janeiro foi usado o total de chuva registrado no bairro da Tijuca, pela medição do Alerta Rio - Prefeitura do Rio de Janeiro. Para as demais capitais brasileiras foram considerados os volumes de chuva medidos em pluviômetros das estações meteorológicas convencionais operadas pelo INMET.
Todos totais acumulados e as médias Climatológicas foram aproximados apenas para facilitar a análise. As médias climatológicas usadas são as calculadas pelo INMET para o período de 1981 a 2010.
Em amarelo, quem tem chance de ficar perto, ou passar da média até o fim do mês, na minha opinião.
Capital |
outubro 2018 (mm) - até 25/8 |
média outubro (mm) |
% da média |
|
Porto Alegre (RS) |
48 |
138 |
-65 |
|
Florianópolis (SC) |
35 |
149 |
-77 |
|
Curitiba (PR) |
214 |
139 |
+54 |
|
São Paulo (SP) |
108 |
127 |
-15 |
|
Rio de Janeiro/Tijuca (RJ) |
139 |
124 |
+12 |
|
Belo Horizonte (MG) |
151 |
105 |
+44 |
|
Vitória (ES) |
54 |
123 |
-56 |
|
Campo Grande (MS) |
132 |
151 |
-13 |
|
Cuiabá (MT) |
62 |
114 |
-46 |
|
Brasília (DF) |
152 |
160 |
-5 |
|
Goiânia (GO) |
191 |
155 |
+23 |
|
Salvador (BA) |
62 |
95 |
-35 |
|
Aracaju (SE) |
30 |
61 |
-50 |
|
Maceió (AL) |
1 |
62 |
-98 |
|
Recife (PE) |
11 |
55 |
-79 |
|
João Pessoa (PB) |
2 |
33 |
-95 |
|
Natal (RN) |
0 |
22 |
-100 |
|
Fortaleza (CE) |
2 |
11 |
-78 |
|
Teresina (PI) |
5 |
20 |
-75 |
|
São Luís (MA) |
4 |
5 |
-16 |
|
Palmas (TO) |
110 |
161 |
-32 |
|
Belém (PA) |
91 |
129 |
-30 |
|
Macapá (AP) |
10 |
35 |
-72 |
|
Manaus (AM) |
56 |
104 |
-46 |
|
Boa Vista (RR) |
35 |
73 |
-52 |
|
Porto Velho (RO) |
100 |
185 |
-46 |
|
Rio Branco (AC) |
119 |
153 |
-22 |