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O temporal que caiu sobre a Baixada Santista na tarde da quinta-feira, 7 de março, causou alagamentos e derrubou árvores. A grande quantidade de nuvens carregadas que passou sobre a região provocou a chuva intensa, ventania e também muitas descargas elétricas atmosféricas.
No Guarujá, quatro funcionários de uma marina sentiram os efeitos de um raio (descarga elétrica atmosférica que chega ao solo) que atingiu a sala onde estavam abrigados na hora da tempestade, mas todos sobreviveram.
O vídeo mostra a tempestade na Praia Grande
Alerta para mais temporais
A população do litoral de São Paulo deve ficar atenta nos próximos dias para mais temporais. Nesta sexta-feira, 8, e no sábado, 9, as praias paulistas terão várias horas com sol, calor e as pancadas de chuva devem ocorrer à tarde e em parte da noite. Algumas nuvens carregadas podem se formar na serra do Mar e avançar para o litoral, outras podem se formar no próprio litoral e outras ainda poderão vir do interior do estado.
A partir do domingo, 10, e pelo menos até a próxima terça-feira, 12 de março, tem previsão de uma queda mais acentuada da pressão atmosférica no litoral paulista por causa da passagem de uma frente fria pelo litoral de Santa Catarina e do Paraná.
A área de baixa pressão atmosférica vai persistir por vários dias próxima ao litoral de São Paulo facilitando a formação de nuvens carregadas.
O risco de temporais permanece alto pelo menos até o dia 12 de março.
Balanço do temporal no litoral de SP em 7/3/19
As nuvens de temporal vieram da Grande São Paulo, passaram sobre a Baixada Santista e depois, em parte foram para o mar e outra porção se deslocou para o litoral norte, provocando muita chuva também sobre Caraguatatuba de Ubatuba. A chuva de Itanhaém foi provocada por outro aglomerado de nuvens carregadas.
A sequência de imagens mostra o deslocamento das nuvens de temporal entre 15 horas e 19 horas (horário de Brasília). As nuvens com maior potencial para tempestades aparecem como manchas escuras, brancas e rosas. Os núcleos em rosa/branco são os que têm maior risco de provocar ventania e granizo, além dos raios.
Nuvens carregadas que provocaram o temporal na Baixada Santista (SP) em 7/3/19
Raios
Pela medição da rede Earth Networks, a maior quantidade total de descargas elétricas atmosféricas ocorreu em Cubatão: 3037 descargas entre 13 horas e 20 horas, sendo que 454 chegaram ao solo.
A tabela mostra a quantidade de descargas elétricas atmosféricas considerando as que ocorreram somente entre as nuvens (nuvem-nuvem, N-N) e as que chegaram ao solo (nuvem-solo, N-S), no período entre 13 horas e 21 horas de 7/3/2019. Na Baixada Santista, a maior quantidade de descargas elétricas atmosféricas ocorreu entre 15 horas e 17 horas.
Cidade |
Total (N-N + N-S) |
Raios (N-S) |
Cubatão |
3037 |
454 |
Santos |
2557 |
387 |
Bertioga |
2549 |
808 |
São Vicente |
2497 |
812 |
Peruíbe |
1859 |
446 |
Itanhaém |
1844 |
673 |
Praia Grande |
1151 |
423 |
São Sebastião |
1099 |
214 |
Guarujá |
541 |
125 |
Caraguatatuba |
533 |
156 |
Mongaguá |
388 |
94 |
Ubatuba |
231 |
67 |
Volumes de chuva
Os totais de chuva foram computados no período de 12 horas, entre 9 horas e 21 horas de 7/3/19, com medição do CEMADEN – Centro Nacional de Monitoramento e Desastres Naturais, mas em geral, a chuva pesada a chuva caiu e
Cidade |
Local |
Chuva em 12h (mm) |
Caraguatatuba |
Rio do Ouro 2 |
48,7 |
Ubatuba |
Estufa 2 |
47,3 |
Praia Grande |
Sítio do Campo |
46,0 |
São Vicente |
Vila Margarida |
45,5 |
Peruíbe |
Parque do Trevo |
42,0 |
Cubatão |
Cota 200 |
38,6 |
São Sebastião |
Praia das Cigarras |
28,5 |
Itanhaém |
São Fernando |
25,9 |
Mongaguá |
Jardim Praia Grande |
22,5 |