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Astrônomos descobriram a maior explosão já vista no universo, originada de um buraco negro supermassivo. Cientistas anunciaram nesta quinta-feira (27/02) que o fenômeno ocorreu num aglomerado de galáxias que está a 390 milhões de anos-luz de distância.
De acordo com Simona Giacintucci, do Laboratório Naval de Pesquisa em Washington, a explosão foi tão grande que criou uma cratera num gás quente onde caberiam 15 Vias Lácteas. Giacintucci comparou o fenômeno com a erupção do Monte Santa Helena em 1980, nos EUA, que varreu o topo da montanha, criando uma cratera.
A explosão foi a maior vista no universo desde o Big Bang e liberou cinco vezes mais energia do que a recordista anterior. Ela ocorreu no centro de Ophiuchus, um aglomerado de dezenas de galáxias, gás quente e matéria escura unidos pela gravidade.
"Já vimos explosões no centro de outras galáxias antes, mas essa é uma realmente muito grande. E não sabemos por que é tão grande", disse Melanie Johnston-Holitt, do Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia.
Para a descoberta, os astrônomos usaram o Observatório de Raios-X Chandra da Nasa, assim como um observatório europeu e telescópios terrestres. O primeiro sinal da explosão foi captado em 2016.
Imagens do Chandra revelaram uma borda curva incomum, mas inicialmente cientistas descartaram a possibilidade de uma explosão devido ao montante de energia que seria necessário para criar tal cavidade no gás. Posteriormente, a curvatura foi confirmada como uma parte de cavidade.
Os pesquisadores acreditam que a explosão já tenha terminado, pois não há mais sinais no buraco negro. Mais observações, no entanto, são necessárias para uma melhor compreensão do fenômeno.
Astrônomos usaram o Observatório de Raios-X Chandra da Nasa para descoberta