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Coronavírus: As últimas notícias sobre a pandemia

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20 min de leitura

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Resumo desta terça-feira (07/04):

Mundo tem mais de 1,3 milhão de casos confirmados, mais de 78 mil mortes e quase 292 mil pacientes recuperados
Brasil tem 12.056 casos confirmados e 553 óbitos, segundo Ministério da Saúde
China não registra mortos por covid-19 pela primeira vez desde janeiro
Japão declara estado de emergência e anuncia pacote financeiro contra coronavírus
Itália supera 17 mil mortes, mas ritmo de novos contágios continua caindo
Dinamarca, República Tcheca e Áustria anunciam afrouxamento gradual de restrições

 

15:07 - Após 11 semanas de quarentena, Wuhan suspende proibição de sair da cidade

Wuhan começou na madrugada desta quarta-feira (data local) a suspender a proibição de sair da cidade, restrição que havia sido imposta no dia 23 de janeiro como parte da quarentena de quase 11 semanas devido à crise gerada pela disseminação do coronavírus. 

 

Centenas de veículos começaram a cruzar os pedágios que saem da cidade, onde os controles policiais haviam sido anteriormente instalados para impedir os moradores de saírem de Wuhan, segundo imagens transmitidas ao vivo pela televisão estatal "CGTN". Com horas de antecedência, alguns veículos já estavam em fila de espera para sair de Wuhan, que tem 11 milhões de habitantes; assim que os bloqueios fossem suspensos. O jornal Global Times diz que muitos dos que estão deixando a cidade são pessoas que tinham ficado presas em Wuhan sem residir no local.

 

Mas, apesar do otimismo sobre o fim dessa restrição, a imprensa chinesa adverte que a cidade ainda está "longe de voltar à vida normal". Nesta quarta-feira serão retomados os voos - exceto internacionais e diretos para Pequim - e trens, assim como ônibus de longa distância. Os serviços de táxi, balsas e bondes na cidade também voltarão a funcionar. No entanto, as autoridades municipais pediram para que os moradores não deixem a cidade ou a província de Hubei - da qual Wuhan é a capital - a menos que seja necessário.

 

Segundo comunicado citado pela imprensa oficial, o governo da província de Hubei adverte que a ausência de novos casos detectados não significa que o risco de contágio tenha desaparecido completamente. Na verdade, se uma pessoa que quiser sair de Wuhan não tiver um código QR que ateste seu estado de saúde e a ausência de contato com pessoas infectadas, ela não poderá deixar a cidade. Por enquanto, as restrições de entrada nos complexos residenciais permanecerão em vigor, com controles de temperatura nas portas, e os cidadãos continuarão a ser obrigados a usar máscaras. Em shopping centers, supermercados e parques reabertos, o fluxo de visitantes terá que ser limitado, enquanto a reabertura de escolas na província ainda não será permitida.


14:32 – Itália supera 17 mil mortes, mas ritmo de novos contágios continua caindo

Itália superou hoje as 17 mil mortes em decorrência da covid-19, com o registo de 604 novos óbitos nas últimas 24 horas, indicaram as autoridades italianas. Por outro lado, o governo destacou que o número de novos contágios e de pessoas hospitalizadas está em declínio. Com a atualização dos dados, Itália, um dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, totaliza hoje 17.127 vítimas desde o início da crise. 

 

A Defesa Civil italiana destacou que o número diário de mortes foi menor do que no dia anterior - na segunda-feira tinham sido contabilizados 636 óbitos num dia. Em termos globais, desde o diagnóstico do primeiro caso de covid-19 de contaminação interna no país, em fevereiro, a Itália acumula 135.586 casos. Foram mais 3.039 em comparação com segunda-feira. O número de hoje, no entanto, indica que a tendência de um abrandamento na propagação do vírus mantém-se. Foi a menor marca desde 13 de março. Ontem, o país havia registrado 3.599 novos casos. 

 

Um total de 24.392 pessoas estão curadas da covid-19, das quais 1.555 receberam alta nas últimas 24 horas, precisou o chefe da Defesa Civil italiana, Angelo Borrelli. E, pelo quarto dia consecutivo, caiu o número de pessoas atendidas nas Unidades de Terapia Intensiva: no momento, são 3.792 pessoas que precisam desse tipo de atendimento, 106 menos do que na segunda-feira.

“Parece que estamos, finalmente, começando a ver uma queda nos novos casos na curva epidémica. Após uma fase de planalto parece haver uma descida e a curva tende a flexionar, mas vamos esperar pelos próximos dias para podermos suspirar de alívio", advertiu Giovanni Rezza, do Instituto Superior de Saúde de Itália.


13:51 – Paris endurece isolamento e proíbe prática de esportes ao ar livre entre 10h e 19h

As autoridades de Paris endureceram as medidas de isolamento na capital, nesta terça-feira, ao proibirem os parisienses de praticar atividades esportivas ao ar livre entre 10h e 19h em uma tentativa de conter a disseminação do coronavírus. A medida veio depois de muitos políticos e médicos franceses expressarem consternação com o fato de que ainda são vistas pessoas correndo ou se reunindo perto de mercados nas ruas de Paris, apesar das ordens do governo para ficarem o maior tempo possível em casa.

 

O governo francês vinha autorizando a prática de exercícios durante uma hora por dia, em um raio de um quilômetro do domicílio. Só que a presença constante de corredores nas calçadas era criticada por especialistas como um problema de saúde pública e um desrespeito em relação aos cidadãos que saem para fazer compras de produtos básicos e aqueles que precisam portar um documento de autorização para trabalhar. Nos últimos dias, com a chegada da primavera, o número de esportistas aumentou ainda mais.

 

A polícia e subprefeituras da prefeitura da cidade disseram em um comunicado conjunto que, a partir de quarta-feira, esportes ao ar livre não serão mais permitidos em horários diurnos convencionais. Aqueles que quiserem praticar corridas terão que fazê-lo entre as 19h e 10h.

A França determinou o confinamento de moradores em casa e, 17 de março para frear a proliferação do vírus. As medidas foram prorrogadas até 15 de abril e devem ser provavelmente renovadas.

 

Nos primeiros dias de confinamento, o presidente francês, Emmanuel Macron, criticou a falta de disciplina dos franceses que vinham burlando as regras de confinamento. "Quando vejo que as pessoas continuam indo ao parque, à praia ou correndo para os mercados, é porque não entenderam as mensagens transmitidas pelas autoridades", disse na ocasião.

O número de mortes do coronavírus no país alcançou a marca de 8.911 na segunda-feira, após mais 605 pessoas morrerem em 24 horas. Quase 75 mil pessoas foram diagnosticadas com covid-19 no país.

 

13:42 – Boris Johnson permanece na UTI mas respira sem ajuda de aparelhos

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que passou a noite na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após um agravamento de seu estado de saúde, devido ao novo coronavírus, não tem pneumonia e respira sem ajuda de aparelhos - anunciou o governo nesta terça-feira. "Permaneceu estável durante a noite e mantém o ânimo", afirmou sua porta-voz. "Está recebendo o tratamento padrão de oxigênio e respirando sem nenhuma outra ajuda. Não precisou de respirador mecânico, nem de apoio respiratório não invasivo", insistiu, acrescentando que Johnson não foi diagnosticado com pneumonia.

 

Único líder de uma grande potência infectado pela covid-19, Johnson, de 55 anos, foi internado no Hospital St. Thomas de Londres no domingo para ser submetido a exames.

Na segunda-feira, seu estado de saúde se agravou, e ele foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva.


13:42 – Reino Unido registra novo recorde diário de mortes

O Reino Unido registrou nesta terça-feira 786 mortes a mais em decorrência da Covid-19. É o maior número diário desde o início da pandemia no país. O total de vítimas no país chega agora a 6.159.

Os casos confirmados de infecção, na comparação com o último boletim, aumentaram em 3.634, com isso, são 55.242 no geral, a partir da realização de testes de diagnóstico em 213.181 pessoas, segundo o Ministério da Saúde local. 

 

Na segunda-feira, o balanço diário tinha registado mais 439 mortes e 3.802 novas infecções.

 

13:00 – Número de mortes na cidade de Nova York supera o do 11 de setembro

O estado de Nova York registrou nesta terça-feira (07/04) o maior número de mortes por covid-19 em um único dia, afirmou o governador do estado, Andrew Cuomo. Segundo ele, 731 pessoas morreram nas últimas 24h, elevando o número de óbitos no estado para 5.489. Por dois dias, os números ficaram estáveis, mas voltaram a subir.

 

A cidade de Nova York é a que registra o maior número de mortes nos EUA: 3.485, superando o número de óbitos registrados no 11 de setembro. O ataque terrorista de 2011 matou 2.753 pessoas em Nova York e 2.977 no total. De acordo com o levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, o país tem, no total, 369.069 casos de coronavírus e 11.018 mortes. Nova York é o estado mais afetado, com 138.836 casos.

 

12:55 – Brasileiros recebem em questão de horas renda emergencial do governo alemão

Brasileiros residentes na Alemanha, com ou sem passaporte europeu, estão conseguindo auxílio financeiro durante o período de crise do novo coronavírus. O valor da ajuda varia de acordo com o perfil de cada pessoa, mas pode chegar a 15 mil euros. A DW Brasil conversou com dois dos beneficiários: uma microempreendedora que mora em Colônia, e um DJ de Berlim.

 

12:15 – Aeroporto de Frankfurt perde 95% dos passageiros

A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o aeroporto de Frankfurt, que perdeu 95% dos passageiros. Segundo dados divulgados pela operadora Fraport nesta terça-feira (07/04), na semana de 30 de março a 5 de abril, o terminal recebeu apenas 66.151 passageiros, o equivalente a 5% do número registrado no mesmo período do ano anterior.

 

Já o volume de carga, em comparação com o mesmo período de 2019, diminuiu 25%, para 32.904 toneladas, embora o número aeronaves cargueiras tenha aumentado mais de 20%. Os voos extras, porém, não compensaram completamente o volume adicional que é habitualmente transportado por aeronaves de passageiros. Normalmente, cerca de metade da carga é levada nos porões de aviões de passageiros.

 

11:30 – Governo divulga site e app para trabalhadores receberem auxílio de R$ 600

O governo lançou nesta terça-feira (07/04) um aplicativo e um site para o cadastro de beneficiários da ajuda emergencial de 600 reais, anunciada na semana passada. A previsão é de que entre 15 milhões e 20 milhões trabalhadores informais se cadastrem para receber o benefício, que será pago durante três meses e será limitado a dois membros da mesma família.  O repasse pode chegar a 1.200 reais para mães solteiras.

 

Após a etapa de cadastro, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, espera que o benefício seja liberado em quatro ou cinco dias úteis.  Trabalhadores informais que têm direito ao auxílio e não fazem parte do Cadastro Único poderão se cadastrar pelo aplicativo disponibilizado pela Caixa Econômica Federal. Dúvidas sobre o cadastramento serão ainda respondidas pela central 111. 

 

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente. De acordo com o ministro, houve um acordo com empresas de telefonia para que mesmo as pessoas sem crédito no celular possam baixar o app.

Devem usar esse mecanismo apenas microempreendedores individuais, contribuintes individuais do INSS e informais que não fazem parte de nenhum programa federal. 

 

Para ter direito ao auxílio, o trabalhador precisa ter mais de 18 anos, cumprir alguns critérios de renda familiar e não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família.

Os critérios de renda são: ter renda mensal per capita de até meio salário mínimo (522,50 reais) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (3.135 reais), e não ter recebido rendimentos tributáveis acima de 28.559,70 reais em 2018. No total, a medida deve beneficiar 54 milhões de pessoas.

 

10:45 – Escassez de papel higiênico causa entupimento de canalização na Alemanha

A escassez de papel higiênico nos mercados da Alemanha, aparentemente, está causando um problema inesperado no país europeu. Companhias de saneamento alemãs vêm alertado para o aumento nos casos de entupimento nos sistemas de canalização devido ao descarte incorreto de lixo nos vasos sanitários. 

 

Na Alemanha, o papel higiênico costuma ser descartado no vaso sanitário, e não em lixeiras como no Brasil. Com a falta de papel higiênico, no entanto, a população aparentemente está substituindo esse item por produtos semelhantes, como lenços umedecidos e papel toalha de cozinha. O descarte incorreto destes materiais em privadas tem resultado em canos entupidos.

Várias cidades já relataram esse tipo de problema. O município de Flecken Ottersberg, na Baixa Saxônia, por exemplo, emitiu um aviso para que a população não descarte lenços umedecidos no vaso – o material é especialmente prejudicial ao encanamento por suas fibras de difícil dissolução. Estações de tratamento de esgoto em Hessen e da Renânia do Norte-Vestfália também relataram problemas semelhantes. 

 

Um porta-voz da empresa de saneamento da capital alemã, Berliner Wasserbetriebe, disse recentemente que os lenços umedecidos se aglomeram no sistema de esgoto, dando origem a um bolo espesso de material descartável de vários metros. Como resultado, os funcionários precisam limpar as bombas até seis vezes por dia – um trabalho manual complicado e bastante nojento.

"Os alemães se abasteceram de papel higiênico para os próximos 15 anos. Por favor, o utilizem", disse o porta-voz da Berliner Wasserbetriebe à emissora Inforadio. Ele afirmou ainda que um substituto para o papel higiênico que pode ser descartado no vaso sanitário é o papel de jornal.

A Alemanha não é o único país a enfrentar o problema: a Agência de Água de Sydney, na Austrália, registrou 22% mais entupimentos em março. E isso pode custar caro. Um morador da cidade gastou o equivalente a 8.900 euros em obras, porque os canos estavam entupidos com lenços umedecidos. Reino Unido e Holanda também têm enfrentado situações semelhantes.

 

10:00 – WhatsApp limita reenvio de mensagens em meio à pandemia

O aplicativo de mensagens WhatsApp anunciou nesta terça-feira (07/04) que passou a limitar o reenvio de mensagens para impedir a disseminação de informações falsas sobre a pandemia de covid-19. Usuários poderão encaminhar mensagens retransmitidas com frequência para apenas um destinatário, e não mais cinco como era até a mudança. A restrição abrange apenas mensagens que são reenviadas diversas vezes e classificadas no aplicativo com o símbolo de "setas duplas". Para as outras mensagens, segue valendo o limite de encaminhamento para até cinco destinatários. 

 

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