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O Ministério da Saúde tem atualizado diariamente as evidências descritas na literatura internacional sobre diagnóstico e tratamento de coronavírus (COVID-19). Desde o dia 5 de abril, o Grupo de Inteligência COVID-19, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, tem reunido as evidências publicadas em artigos. Até esta segunda-feira (13), foram catalogados e avaliados 146 estudos. “A ciência tem sido uma das principais armas utilizadas pelo Ministério da Saúde no combate à COVID-19. Desde o início da pandemia, buscamos a ciência para orientar e subsidiar os gestores e profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) na tomada de decisão”, destaca o Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Denizar Vianna.
Além de resumir cada estudo identificado, a publicação, que em breve estará disponível em www.saude.gov.br/coronavirus traz também uma avaliação da qualidade metodológica e a quantidade de artigos publicados, de acordo com a sua classificação metodológica (revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados, entre outros). A avaliação da qualidade metodológica é essencial, pois somente ela pode trazer indícios do grau de confiança de uma pesquisa.
“É fundamental que estejamos atualizados sobre as opções terapêuticas que vêm sendo avaliadas pelos diferentes países com casos de COVID-19. É uma forma de identificarmos lacunas de evidência que nos auxiliarão na priorização de pesquisas e na otimização de recursos públicos investidos nesta área”, explica a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Camile Giaretta.
Síntese de Evidências
O Ministério da Saúde também tem elaborado uma série de Revisões Sistemáticas Rápidas, que permitem a identificação de evidências já disponíveis na literatura para subsidiar os gestores na tomada de decisão no SUS. O trabalho é executado pelo Núcleo de Evidências (NeV) da Coordenação de Evidências e Informações Estratégicas para a Gestão em Saúde do Decit/SCTIE que, atualmente, também conta com a colaboração de pesquisadores externos.
Atualmente, o Ministério da Saúde produz 12 produtos relacionados a evidências para apoio à tomada de decisão, como Sumário de Resumos, que categoriza, quantifica e sumariza resumos de determinadas temáticas; Revisão Rápida, que apresenta uma síntese qualitativa ou quantitativa de estudos sobre determinadas temáticas; e Parecer Técnico Científico, que inclui informações econômicas, avaliação metodológica dos estudos incluídos e recomendações.
Segundo Daniela Fortunato, coordenadora de Evidências e Informações Estratégicas para Gestão em Saúde do Ministério da Saúde, esses estudos podem ser utilizados em diferentes contextos. Podem auxiliar, por exemplo, na identificação de opções políticas para o enfrentamento de um problema ou uma emergência em saúde pública; na resolução de dúvidas científicas dos gestores de saúde federais; além de colaborarem na priorização, formulação e implementação tanto de políticas públicas e programas de saúde como de prioridades de pesquisa para o SUS.
Até o momento, oito estudos foram realizados e deverão ser disponibilizados em breve. Entre os temas estão, por exemplo, Revisão Sistemática Rápida Sobre Alternativas Terapêuticas Para Coronavírus Humano; um Inventário de Referências sobre a Covid-19 e uso Racional de Medicamentos: Ibuprofeno e outros antinflamatórios não-esteroidais, inibidores de enzima conversora de angiotensina e bloqueadores de receptores de angiotensina, além de outro que investigou a resposta imunológica e reinfecção de COVID-19.
O grupo está em fase de produção de outros sete estudos relacionados ao novo coronavírus; entre eles uma Revisão Sistemática Rápida Sobre Eficácia e Segurança da Cloroquina e Hidroxicloroquina (Isoladas Ou Em Associação) para COVID-19; uma Revisão sobre segurança da reutilização de máscara N95, FPP2 e FPP3 e uma Revisão Sistemática Rápida que avaliará o impacto das medidas de isolamento social.
“Boa parte das ações do Ministério é pensada e desenvolvida a partir dos levantamentos das evidências científicas que os nossos técnicos vêm realizado. Esse trabalho tem sido fundamental para analisarmos quais são as estratégias de enfrentamento mais adequadas e indicadas ao nosso contexto. Nessa guerra contra o vírus, a ciência é, sem dúvida, a saída mais segura e estruturante dessa crise”, afirma Denizar Vianna.
As informações são do Ministério da Saúde
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