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Resumo desta quinta-feira (16/04):
Mundo tem mais de 2 milhões de casos de covid-19, 137 mil mortes e 517 mil recuperados
Brasil tem 28.320 casos e 1.736 mortes, segundo Ministério da Saúde
Presidente da Nicarágua reaparece após 34 dias e defende não adoção de isolamento
Trump afirma que pico da covid-19 já foi atingido nos EUA e planeja reabrir economia
FMI prevê estagnação econômica na Ásia
10:10 - Japão amplia estado de emergência para todo o país
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou a extensão do estado de emergência a todo o país. Na semana passada, apenas sete regiões foram incluídas na declaração de estado de emergência, que atingia inicialmente apenas grandes cidades.
Segundo Abe, a medida visa reduzir a movimentação de pessoas para alcançar 80% de distanciamento social. O estado de emergência ficará em vigor durante um mês e permite que autoridades regionais recomendem medidas de isolamento e o fechamento temporário de empresas.
Abe anunciou ainda que o governo repassará 100 mil ienes (cerca de 4,8 mil reais) para cada um dos cerca de 120 milhões cidadãos japoneses como um suporte para os impactos econômicos da pandemia. O Japão tem mais de 9 mil casos de coronavírus confirmados e cerca de 150 mortes.
09:55 - Von der Leyen pede "desculpas sinceras" à Itália pela demora da UE em agir
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pediu desculpas à Itália pelo fracasso em fornecer ajuda ao país na fase inicial da pandemia. "É verdade que ninguém estava pronto para isso. Também é verdade que muitos não agiram a tempo quando a Itália precisava de ajuda logo no início", afirmou ao Parlamento Europeu. "É correto que a Europa ofereça um pedido sincero de desculpas", disse Von der Leyen. acrescentando que isso apenas poderá ter significado se vier acompanhado de uma mudança de postura. "A Europa fez mais nas últimas quatro semanas do que havia feito nos quatro primeiros anos da última crise", afirmou, em referência à crise da dívida italiana, iniciada em 2009.
Ela disse que as medidas adotadas pela União Europeia (UE) e seus Estados-membros somam mais de 3 trilhões de euros até o momento. O pacote de ajuda acordado pelos ministros da Economia e das Finanças da UE na semana passada, no valor de 500 bilhões de euros, é "um grande passo na direção certa", avaliou. Von der Leyen, porém, destacou que é necessário fazer mais. A Comissão vem propondo a reavaliação do próximo orçamento de longo prazo da UE, que, segundo a chefe do Executivo do bloco, "deverá ser a nave mãe da recuperação" do continente.
Ela ressaltou que, após um início ruim, a Europa demonstrou sua solidariedade. "A verdadeira Europa está se erguendo, aquela que preza pelos seus quando mais se precisa dela", observou.
08:40 - OMS: Europa ainda está "no olho da tempestade"
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a Europa ainda permanece "no olho da tempestade" da pandemia de covid-19 e pediu a manutenção das medidas de precaução.
O Escritório da OMS para a Europa avalia que apesar de "sinais otimistas" em alguns dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, o número de pessoas infectadas continua aumentando e já se aproxima da marca de um milhão, apenas no continente. "Continuamos no olho da tempestade", afirmou o diretor regional da OMS, Hans Kluge, ressaltando que cerca da metade dos casos confirmados em todo o mundo estão na Europa. "Os números de casos continuam a subir. Nos últimos dez dias, o total de casos registrados na Europa quase dobrou, se aproximando de um milhão", observou.
Kluge destacou a redução dos números na Espanha, Itália, Alemanha, França e Suíça, mas disse que os sinais positivos em alguns países são ofuscados pelos aumentos sustentáveis de casos em outras nações, como a Rússia, Turquia, Belarus e Ucrânia.
A Dinamarca se tornou o primeiro país europeu a permitir a reabertura das escolas, enquanto a Finlândia encerou uma proibição de viagens na região de Helsinki. Áustria, Itália, Espanha e Alemanha já permitem a reabertura de alguns negócios e comércios.
Mas, mesmo que alguns países do continente tenham iniciado o relaxamento das medidas de precação, o diretor da OMS para a Europa pediu a manutenção dos mecanismos de controle. "É essencial não baixarmos a guarda", destacou. Ele afirmou que, antes do relaxamento das medidas, os países devem se assegurar de que as transmissões estejam sob controle. Ele acrescentou que os governos também precisam garantir que os cuidados de saúde tenham a capacidade de "identificar, isolar, testar, rastrear contatos e impor quarentena".
Kluge pediu ainda maior vigilância em locais vulneráveis, como casas de repouso ou áreas onde pessoas morem em habitações com lotação excessiva. Além disso, os locais de trabalho também devem manter as medidas de precaução, ao mesmo tempo em que os países devem agir para evitar a importação de novas infecções.
06:30 - Espanha tem 551 mortes nas últimas 24 horas
O número de mortes na Espanha aumentou para 19.130 até esta quinta-feira. Segundo o Ministério espanhol da Saúde, foram registradas 551 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, mais que as 523 do dia anterior. O número de casos no país aumentou de 177.633 para 182.816. A Espanha é o segundo país com mais casos e mortes de covid-19, atrás dos EUA.
06:45 - Oktoberfest pode ser cancelada devido à pandemia
As mais recentes medidas anunciadas pela Alemanha para conter a pandemia de coronavírus incluem a proibição de grandes eventos públicos até o fim de agosto. Apesar de a Oktoberfest de Munique, na Baviera, estar planejada para ir de 19 de setembro até 4 de outubro, o governador do estado, Markes Söder, afirmou que a festa provavelmente será cancelada.
"Estou muito cético. Com base na situação atual, é difícil imaginar que um evento grande como este será possível até então", disse Söder à emissora local Bayerische Rundfunk na noite desta quarta.
O governador afirmou que ele e o prefeito de Munique tomarão uma decisão final sobre a Oktoberfest nas próximas duas semanas.
06:30 - FMI prevê estagnação econômica na Ásia pela primeira vez desde anos 1960
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que as economias da Ásia irão "estagnar" devido à pandemia de coronavírus, enfrentando mais dificuldades do que durante a crise financeira de 2008/9 ou o crash asiático de 1997/98. A região registrará um crescimento nulo pela primeira vez desde os anos 1960, disse Chang Yong Rhee, diretor do FMI para a Ásia e o Pacífico. Ele prevê que o impacto econômico da pandemia será "grave, generalizado e sem precedentes".
Rhee disse que a Ásia enfrenta "uma crise como nenhuma outra" devido à pandemia, que já matou mais de 137 mil pessoas em todo o mundo e levou governos a impor bloqueios que têm dificultado o comércio. "As medidas de contenção afetam gravemente as economias", afirmou Rhee. Apesar de a Ásia "se sair melhor do que outras regiões", será duramente atingida, em parte devido a uma "deterioração da demanda externa" na Europa e na América do Norte, onde graves recessões são esperadas.
Na terça-feira, o FMI previu que medidas de isolamento social impostas para conter a pandemia resultarão na pior recessão mundial desde a Grande Depressão da década de 1930. Ao contrário do que aconteceu durante a crise de 2008/9, o crescimento econômico na China, a maior economia da Ásia e onde a pandemia teve a sua origem, no final de 2019, irá cair de 6,1% em 2019 para 1,2% este ano, prevê o fundo.
05:30 - Trump afirma que pico da covid-19 já foi atingido nos EUA e planeja reabrir economia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu apresentar nesta quinta-feira planos para reabrir a maior economia do mundo, afirmando que os EUA já passaram pelo pico da crise de coronavírus apesar de um recorde diário de mortes. Quase 2.600 pessoas morreram no país em decorrência da covid-19, a doença respiratória provocada pelo patógeno, em 24 horas, segundo contagem da agência de notícias AFP.
No entanto, Trump afirmou a repórteres que sua "estratégia agressiva" contra o vírus está funcionando e que "dados sugerem que passamos do pico de novos casos em nível nacional". Ele classificou os números recentes sobre o coronavírus de "encorajadores".
Ele prometeu apresentar diretrizes para reabrir partes do país, sugerindo que estados menos afetados poderiam afrouxar restrições antes do início de maio. As decisões finais sobre as medidas caberão, porém, aos governadores.
Os EUA são o país mais atingido pela pandemia. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, mais de 639 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e mais de 30 mil morreram em decorrência do patógeno no país. Mais de 10 mil óbitos foram registrados apenas na cidade de Nova York.
05:05 - Presidente da Nicarágua reaparece após 34 dias
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, reapareceu após um sumiço de 34 dias em plena pandemia de covid-19, o que gerou uma série de boatos e especulações sobre seu estado de saúde.
Em pronunciamento na televisão, ele defendeu a estratégia de seu governo no combate à doença, que, segundo afirma, permitiu conter a disseminação do novo coronavírus. Ortega afirmou que há apenas nove casos em todo o país e que somente uma pessoa morreu.
O mandatário de 74 anos defendeu a decisão de seu governo de não decretar emergência, não suspender as aulas nem restringir a movimentação de pessoas ou a entrada no país. "Se o país deixa de trabalhar, o país morre, o povo morre, se extingue", declarou.
Ele reconheceu que a economia sentirá os efeitos da pandemia e que o desemprego deve aumentar, "mas o importante aqui é que continuamos trabalhando e observando as normas de maneira muito consciente e muito disciplinada", acrescentou.
Ortega afirmou que a estratégia de enviar pequenas brigadas sanitárias de casa em casa para levar informações sobre cuidados com a saúde em meio à pandemia explica por que a pandemia "avançou lentamente" no país.