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Uma frente fria que passou pelo Sudeste do Brasil, e já está no litoral da Bahia, deixou uma área de baixa pressão atmosférica sobre o mar que se transformou em um ciclone, ainda associado a esta frente fria.
Na tarde desta segunda-feira, 24 de agosto de 2020, esta baixa pressão atmosférica foi considerada como um ciclone extratropical. A análise da Marinha do Brasil mostrou que este sistema estava a 850 km da costa do Rio De Janeiro e do Espírito Santo.
Este sistema causa ventos moderados a fortes sobre o mar e também na costa entre o norte do Rio de Janeiro e o sul da Bahia.
Ciclone se forma no mar, ao largo do ES e RJ
Fortes rajadas de vento
A presença deste ciclone no mar estimula a ocorrência de rajadas de ventos nesta terça-feira, 25 de agosto de 2020, que podem variar de 50 a 70 km/h, da direção sul, na faixa litorânea entre o norte do Rio de Janeiro e o sul da Bahia.
As rajadas de vento ainda devem ocorrer na madrugada e manhã da quarta-feira, 26 de agosto, mas a tendência é de enfraquecimento no decorrer da tarde com o afastamento do ciclone.
Ressaca
O vento moderado a forte que sobre constante sobre oceano gera grandes ondas que chegam à costa entre o Rio de Janeiro e o sul da Bahia, que podem causar ressaca nas praias.
Entre terça-feira, 25, até a madrugada de 27 de agosto, quinta-feira, o mar fica agitado na costa entre o Rio de Janeiro e o Sul da Bahia
Há condições para ressaca, com ondas de até 3,0 metros de altura, entre a região litorânea do norte do Rio de Janeiro até o sul da Bahia (região de Caravelas).
Neste período, em alto-mar, as ondas podem chegar aos 5,0 metros de altura, na área oceânica entre norte do Rio de Janeiro o sul da Bahia. até a madrugada do dia 27 de agosto.
Atenção, navegantes! A navegação fica perigosa!
Possibilidade de ciclone subtropical
Há uma possibilidade de que esta baixa pressão atmosférica se desprenda da frente fria e passe a ser um sistema autônomo. Além disso, também há chance de que este ciclone extratropical se transforme em um ciclone subtropical.
Pelo diagrama de previsão de evolução de ciclones do NCEP/GFS (National Centers for Environmental Prediction/Global Forecast System), dos Estados Unidos), este sistema deve passar por um breve período com núcleo quente, passando a ser um ciclone subtropical, mas depois voltar a ser frio, voltando a ser um extratropical
Diagrama de desenvolvimento de ciclone
Diagrama de desenvolvimento de ciclone
Mani poderá nascer?
Se esta baixa pressão atmosférica ganhar força suficiente para se transformar em uma tempestade subtropical vai ser batizada e terá um nome. Quem nomeia este tipo de fenômeno especial é a Marinha do Brasil. Segundo a lista de nomes atualizada pela Marinha em 2018, a depois de Kurumi, que se formou em janeiro de 2020, a próxima tempestade subtropical será chamada de Mani.
Em 2018, a Marinha atualizou a lista de nomes para possíveis ciclones que se formem na costa brasileira. A nova lista tem 15 nomes e a anterior tinha 10.
Confira a lista completa com a época e local de formação dos sistemas nomeados até agora.
1 - Arani (tempo furioso) - março 2011 - RJ/ES
2 - Bapo (chocalho) - fevereiro 2015 - SP
3 - Cari (homem branco) - março 2015 - SC
4 - Deni (tribo indígena) - novembro 2016 - RJ
5 - Eçaí (olho pequeno) - dezembro 2016 - SC
6 - Guará (lobo do cerrado) - dezembro 2017 - ES/BA
7 - Iba (ruim) - março 2019 - BA
8 - Jaguar (lobo) - maio 2019 - RJ
9 - Kurumí (menino) - janeiro de 2020 - ES/RJ
10 - Mani (deusa indígena)
11 - Oquira (broto de folhagem)
12 - Potira (flor)
13 - Raoni (grande guerreiro)
14 - Ubá (canoa indígena)
15 - Yakecan (o som do céu)