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Foto: iStock
por Marcos Calil
Quando observamos da Terra, para cada ano que se passa, parece que as estrelas permanecem fixas no céu. Assim, por exemplo, quando observamos a olho nu o céu, às 22 horas, na noite de 15 de março de 2021, para os próximos anos das nossas vidas, tomando como referência a mesma noite e o mesmo horário, temos a impressão de que as estrelas estarão sempre nas mesmas posições. Porém, com os planetas é completamente diferente. Com certeza, eles não estarão no mesmo lugar.
As estrelas como pano de fundo
Os povos antigos já tinham a percepção de que as estrelas não se movem ao longo dos anos. Na verdade, elas se movem! Porém, como estão muito distantes de nós, temos uma falsa impressão de que as estrelas são imóveis. O que ocorre é que para o nosso curto espaço de tempo de vida, comparado com a vida das estrelas, não conseguimos perceber o movimento aparente das estrelas no céu. A figura 1, ilustra a constelação chinesa da Concha do Norte para o ano de 2021 depois da era comum (d.e.c.) e a mesma constelação para o ano 600 antes da era comum (a.e.c.).
Figura 1. O movimento das estrelas da Constelação Concha do Norte após 2621 anos
De acordo com a figura 1, é possível perceber que as posições das estrelas no atual ano de 2021 são diferentes, se comparadas com as posições das estrelas no ano de 600 a.e.c. Com base na comparação entre a carta celeste desenhada na dinastia de T´ang (600 a.e.c ) e com o que observamos atualmente no céu (representada aqui pelo software Stellarium, 2021), podemos comprovar esses movimentos aparentes das estrelas.
Logicamente que, para os astrônomos é utilizado uma outra técnica dentro do ramo chamado de Astrometria. Mas, por hora, conseguimos verificar o movimento aparente das estrelas após muitos séculos utilizando as comparações das cartas estelares.
O movimento próprio dos planetas
Outro fato que os povos antigos já conheciam era que os planetas possuem movimentos próprios. Diferentemente das estrelas, como os planetas estão próximos de nós, pelo menos para as medidas astronômicas, os antigos conseguiam perceber o movimento aparente que cada planeta realizava com o avançar dos meses e até dias.
A técnica utilizada para acompanhar os planetas noite após noite era ter as estrelas como pano de fundo, uma vez que entendemos que as estrelas parecem estar imutáveis no céu. Como exemplo, vamos utilizar a constelação de Capricórnio para dois anos distintos e consecutivos.
A figura 2 ilustra os planetas Saturno e Júpiter, além do Capricórnio, em 01 de maio de 2021, às 3 horas da manhã e a mesma constelação para 01 de maio de 2022, às 3 horas da manhã.
Figura 2. A constelação do Capricórnio e os planetas Saturno e Júpiter nos anos de 2020 e 2021.
Planetas visíveis a olho nu
Assim como os povos antigos, atualmente podemos observar até cinco planetas a olho nu no céu. São os planetas, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Além disso, em condições ideais de observação, o planeta Urano pode ser contemplado a olho nu. Mas, essa observação é muito difícil de ser realizada. Por essa razão que focamos nossos olhares para os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno que podem ser observados a olho nu, mesmo nas cidades com poluição luminosa. Sendo assim, engana-se quem acredita que numa cidade grande, com alto índice de iluminação artificial e com poluição química não é possível contemplar os planetas a olho nu.
Aprenda a achar os planetas no céu
A questão é: onde esses planetas estão no céu? Para onde eu devo olhar?
Há tempos, para responder essas perguntas era necessário realizar algumas contas matemáticas e ter conhecimento de Trigonometria Esférica. Porém, atualmente, basta baixar um simples aplicativo de celular ou instalar um software gratuito no computador ou notebook que, com facilidade, saberemos em qual região do céu deveremos observar para contemplar os cinco planetas visíveis a olho nu. Quando menos esperarmos, lá estará o planeta Júpiter. Mas, o planeta Saturno ainda não estará visível, pois ainda não surgiu acima da linha do horizonte. Nesta aventura da caça aos planetas, um software de simulador do céu nos ajuda.
E é justamente para ensinar como localizar e contemplar os planetas visíveis a olho nu que surgiu a ideia do curso “Astronomia Observacional a olho nu: Stellarium e Planetas”. Adquirindo esse curso, você saberá como instalar e configurar o software gratuito Stellarium, para simular o céu da sua cidade, apresentando as posições dos planetas e dos demais objetos celestes que podem ser observados a olho nu ou com telescópio.
Você também aprenderá como se orientar geograficamente, quer seja com uso de bússola ou quer seja pelo nascer e ocaso do Sol. Por fim, de maneira simples e prática, você aprenderá como observar a olho nu os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno e os motivos que fazem os planetas terem seus movimentos próprios, dentro da perspectiva de uma configuração planetária.
São cinco vídeos aulas, perfazendo um total de 3 horas e 25 minutos de vídeo, além de uma vídeo aula bônus com o tema “Configurando Stellarium: Objetos do Sistema Solar”, contendo 19 minutos de aula. Além disso, ao adquirir o curso, você terá acesso a conteúdo exclusivos que oferecem diversos materiais impressos e links. Você pode ainda acessar as lives realizadas no Youtube pelo Prof. Marcos Calil todas as terças feiras, às 21 horas.
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Bons céus para todos nós!