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Uma das características típicas do inverno brasileiro em boa parte do território nacional é o predomínio de ar seco no interior do país, dificultando a ocorrência de chuvas.
No Sul e Sudeste e também em parte do Centro-Oeste, até ocorrem chuvas, por vezes intensas e passageiras, por causa da passagem de sistemas frontais. Em seguida à passagem de uma frente fria é muito comum que uma massa de ar mais frio e seco perdure por alguns dias, novamente dificultando a ocorrência de chuva. Assim, de modo geral, na maior parte do Brasil inverno é sinônimo de tempo seco.
Foto: Josélia Pegorim - São Paulo - SP - ar seco
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O impacto do ar seco na saúde
O ar seco causa incômodo nos olhos, nariz, lábios e no trato respiratório, por ressecar as mucosas. Mucosas ressecadas são mais sensíveis e por isso ficam sujeitas a irritações, principalmente se as coçarmos. Mucosas ressecadas também são mais suscetíveis a microferidas, que as deixam mais vulneráveis à penetração de vírus e bactérias, que podem desenvolver infecções de intensidade variada. Além disso, a maioria dos vírus e bactérias sobrevive por mais tempo em ambiente seco.
Foto: Istock
Por isso no inverno o contágio de gripes e resfriados é mais comum. Com o ar seco, infecções oportunistas também são mais comuns, como conjuntivites. As doenças alérgicas do trato respiratório também são facilitadas e ambientes mais poeirentos incomodam bastante o nariz e os olhos.
Com temperaturas mais elevadas e ar bastante seco, como é o caso de boa parte do interior do país durante o inverno, a sudorese é facilitada e se perde facilmente maior quantidade de líquidos pela transpiração. Desta forma, ao praticar atividades físicas em ambientes secos o risco de desidratação é elevado, causando variações na pressão sanguínea, variação do ritmo cardiorrespiratório, eventuais dores de cabeça e, em casos mais severos, disenteria, desmaios, etc.
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