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Viver no futuro: ainda tem clima pra isso?

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O Instituto Butantan acaba de lançar o livro Viver no futuro: ainda tem Clima pra isso?, que fala de mudanças climáticas para o público infantojuvenil usando charges, linguagens de memes e informações científicas precisas de várias áreas do conhecimento. Apesar da leveza estética e do bom humor, a obra busca esclarecer os jovens sobre os enormes desafios climáticos que eles já estão herdando. 

 

“No planeta Terra teríamos tudo para sermos autossustentáveis e mantermos um ciclo sem fim. O problema é que a conta não fecha há muito tempo: a cada hora a humanidade injeta na atmosfera milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), metano e nitrogênio e destrói áreas consideráveis de florestas tropicais”, afirmam os autores em resumo publicado no site Researchgate, onde a obra foi disponibilizada em formato PDF e pode ser baixada gratuitamente


O livro esmiúça vários conceitos básicos — como os cientistas criam consenso, como as evidências do aquecimento global são verificadas e como o comportamento dos animais está sendo afetado pelas mudanças no clima. Ao final do percurso, a publicação chega aos temas centrais de atuação do próprio Instituto, que são as doenças infectocontagiosas e os acidentes com animais peçonhentos


De acordo com o livro, doenças transmitidas por insetos, como a dengue e a doença de chagas, se espalharão por novas regiões em um mundo mais quente e desmatado. O convívio dos seres humanos com animais venenosos, como o escorpião, também está se tornando mais comum e perigoso. 

 

“Esperamos que a reunião dessas informações em um livro como este possa contribuir com a popularização da ciência, facilitar o acesso e instigar a construção de um pensamento crítico do leitor, especialmente para o público não técnico e alunos do ensino médio, público-alvo desta publicação”, afirmam os autores.


A edição foi organizada e escrita por Flávia Virginio, pesquisadora do Laboratório de Coleções Zoológicas e curadora da Coleção Entomológica do Instituto Butantan; Camila Lorenz, pós-doutoranda na USP, que desenvolveu seu mestrado e doutorado no Laboratório de Parasitologia do Butantan; e Gabriel Correia Lima, graduando na USP, que foi aluno no Laboratório de Análises Espaciais da Faculdade de Saúde Pública.


A obra conta, ainda, com textos e ilustrações de cerca de 20 colaboradores do Instituto Butantan, 30 colaboradores de outras 15 instituições nacionais e internacionais, e apoio da BioRevita, empresa de consultoria ambiental.

 

 

 

 

 

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