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Ventania de forte ciclone extratropical ameaça Sul do Brasil

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Foto: iStock

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Menos de uma semana após Florianópolis ter registrado mais de 200mm de chuva por conta da influência de um ciclone extratropical, outro ciclone se forma nesta quinta-feira, 24 de junho. A Região volta a  ficar em alerta e há expectativa para mais chuva até o fim da semana e com ventos fortes.


A boa notícia para os catarinenses é que, desta vez, Florianópolis não deve ser impactada da mesma forma que na última semana. As previsões indicam a formação do ciclone extratropical numa posição mais ao sul do que ciclone anterior, fazendo com que a chuva mais forte fique concentrada sobre o Uruguai.


Ciclone começa a atuar

A área de baixa pressão que dará origem ao ciclone já começa a atuar na quarta-feira, 23 de maio, na costa do Rio Grande do Sul. O sistema não deve provocar muita chuva, mas os ventos já podem chegar aos 70km/h na maior parte do estado e aos 80km/h no litoral sul.

 

quarta.

 

Chuva volumosa

O ciclone extratropical se forma nesta quinta-feira (24) na costa do Uruguai provocando grandes volumes de chuva no país vizinho e em algumas cidades gaúchas que fazem fronteira com o Uruguai. Há risco de algumas cidades, tanto uruguaias quanto do Rio Grande do Sul, registrarem mais de 100mm em até 24 horas com grande potencial para alagamentos e deslizamentos.

 

quinta.

 

Mas nesta quinta-feira, 24 de junho, também tem previsão de chuva moderada a forte e com fortes rajadas de vento sobre o centro-oeste e sul de Santa Catarina e sobre o oeste e o sul do Paraná.

 

Alerta para ventos fortes

Além da chuva, há risco de granizo e os ventos podem chegar aos 100km/h no Rio Grande do Sul, por isso é alto o risco para destelhamento, quedas de árvore e de postes (assim como queda de energia) em todo o estado, principalmente nas áreas mais centrais. Rajadas da ordem de 80 km/h podem ocorrer em Santa Catarina e no Paraná. Confira alerta especial de tempo severo para o Sul do Brasil.

 

Nova frente fria se forma

O ciclone dará origem a uma nova frente fria durante a quinta-feira, 24 de junho, que reforça as instabilidades e também ajuda a provocar temporais nos três estados da Região Sul. Em Santa Catarina o risco para temporais começa já pela manhã no sul e centro-oeste do estado, com fortes rajadas de vento e potencial para granizo, que podem causar transtornos como quedas de árvores, alagamentos e deslizamentos. 

 

A Grande Florianópolis ainda não deve ser atingida por temporais na quinta-feira, 24 de junho, mas poderá ter rajadas de vento da ordem de 60km/h

 

Por causa desta nova frente fria, há risco de chuva forte nesta quinta-feira sobre o Rio Grande do Sul e sobre o oeste e sul do Paraná. 


Na sexta-feira, 25 de junho, o ciclone se desloca para sul e se afasta da costa brasileira, e a frente fria associada também perde força, mas deixa áreas de instabilidade sobre os três estados da Região Sul. O norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e o oeste, centro-sul e leste Com isso, o estado do Paraná terão pancadas de chuva que podem ser moderadas.

 

Mas, atenção! Uma forte frente fria avança pelo interior do continente no último fim de semana de junho, com potencial para provocar chuva forte em todos os estados da Região Sul. O frio será intenso nos últimos dias de junho e o Sul terá geada.

 


Mar agitado

Com os fortes ventos provocados pelo ciclone, o mar fica muito agitado entre a costa gaúcha e catarinense. Entre quarta e quinta-feira as ondas podem chegar e até mesmo passar dos 3 metros de algumas em algumas praias. Além da ação dos ventos, a lua cheia (que começa no dia 24 de junho) deve favorecer o avanço do mar nas parias provocando ainda mais transtornos no litoral.

 

Este é um ciclone bomba?

Os modelos atmosféricos divergem um pouco sobre a queda da pressão deste ciclone. Desta forma, este ciclone não entra na categoria de "ciclone bomba",  pois a sua pressão não cai rápido o suficiente. De qualquer forma, vale ressaltar que é um ciclone extratropical forte que vai provocar ventos de até 100km/h entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, grandes acumulados de chuva, queda de granizo e com grande potencial para diversos transtornos.

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