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Analisando os biomas brasileiros neste primeiro semestre de 2021 é nítido o aumento de focos de queimadas. Claro, estamos na estação mais seca do ano e as queimadas se tornam comuns, mas ainda não chegamos nos meses de maior pico de queimadas.
Apenas nestes seis primeiros meses, nosso Cerrado e Caatinga registraram um aumento excepcional. O Cerrado teve o maior número de focos de queimadas desde o ano de 2010 e a Caatinga, desde 2012, apontam dados do INPE por bioma.
Confira abaixo os registros de focos de queimadas
O Cerrado registrou 10.312 focos de queimadas entre 01/01 e 05/07 deste ano, sendo o maior valor de queimadas desde o mesmo período de 2010, quando registrou 13.874.
Podemos falar que de forma geral o Nordeste teve aumento de quase 70% de focos de queimadas neste ano (mesmo período se comparado com 2020), com quase 6 mil focos e o bioma mais afetado, na comparação com o ano passado foi a caatinga.
A Caatinga registrou no início de julho 1658 focos, contra 582 no ano passado. O valor quase triplicou, uma diferença de 185% em novos focos se comparado ao ano passado.
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Enquanto isso, no Pantanal a queimada está bem mais controlada e fiscalizada. Entre 1 de janeiro de 2021 até 5 de julho, foram 464 novos focos, contra 2678 focos neste mesmo período em 2020, uma redução de 82,6%.
Pelos dados do INPE, utilizando os satélites de referência (AQUA_M-T), o Brasil registrou 7473 focos de queimadas em junho, sendo o maior número de queimadas do mês de junho no Brasil em 11 anos, desde 2010, quando registrou 9.894 focos de queimadas.
Aumento na quantidade de focos de queimada
Nesta primeira semana de julho, já ultrapassamos os 1100 novos focos. O estado de Mato Grosso teve a maior quantidade de focos de queimadas, dentre os estados nacionais, foram 305 focos de queimadas nestes 5 dias de julho.
Em 2020, o estado de Mato Grosso registrou 2429 focos de queimadas, o maior em 11 anos, desde os anos 2010.
Ressalta-se que foram 5.753 focos de queimadas no Mato Grosso entre o dia 1 de janeiro e 4 de julho deste ano, ficando 17% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, com 6.893 focos de queimadas.
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