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Introdução:
O inverno no Hemisfério Sul é a época do ano onde diversas regiões do Brasil sofrem com a ocorrência das queimadas e isso acontece por dois principais motivos. Primeiramente, pela ação humana, devido a uma prática primitiva de agricultura, que para limpar um terreno e expandir uma área de pastagem, coloca-se fogo. Muitas vezes esse fogo acaba saindo do controle e se espalhando, devido ao vento ou pelo próprio desmatamento desenfreado. O segundo motivo é pela ocorrência natural das próprias queimadas, que podem ser causadas por descargas atmosféricas (raios) ou pelo tempo quente e seco da região.
Nos últimos anos, observa-se um aumento expressivo dos registros de queimadas no Brasil, como podemos verificar na Figura 1, sendo o último pico de detecções no ano de 2020. Devido a importância deste assunto, este boletim abordará as formas de detecção das queimadas, suas consequências, impactos e as ações que podemos fazer para evitá-las.
Figura 1: Gráficos com as detecções de queimadas mensais no território brasileiro, através do satélite GOES-R, nos anos de 2018, 2019 e 2020.
Como podemos detectar os focos de queimadas?
As queimadas podem ser detectadas através das imagens de satélite, que capta a radiação térmica emitida pelo fogo. Esse fogo emite ondas eletromagnéticas que são registradas pelos sensores e instrumentos instalados no satélite.
Na plataforma SMAC da Climatempo são disponibilizados diferentes tipos de imagens de satélites, tornando possível identificar de forma mais precisa os focos de queimadas. Com a utilização dos satélites GOES-R, NOAA-20, S-NPP, Aqua e Terra há um aumento na resolução espacial e temporal das informações, facilitando o registro do início da queimada e possibilitando o alerta aos clientes.
Mas quais são as consequências das queimadas?
As queimadas são fenômenos prejudiciais para o meio ambiente e para os seres vivos que o habitam. Os biomas atingidos por elas são seriamente afetados, pois ocasionam a mortalidade de animais, destruição de florestas e diminuição dos recursos hídricos. A fumaça liberada pelos focos de queimadas impacta diversos setores da sociedade, como rodovias e aeroportos, diminuindo a visibilidade, afetando a qualidade do ar, causando desconforto e doenças respiratórias.
Como as queimadas afetam o setor de mineração e construção?
Esses setores possuem diversas obras e operações que ocorrem a céu aberto, que dependem de boas condições de tempo para seu pleno funcionamento e segurança. Essas atividades, quando próximas a uma vegetação exposta ao risco de queimadas, podem deixar seus colaboradores suscetíveis aos seus danos. A inalação do material particulado pode provocar sérios problemas respiratórios aos funcionários e a fuligem das queimadas afeta o funcionamento dos equipamentos que podem ser paralisados ou atingidos pelo fogo, pois os focos costumam se alastrar facilmente. Além do risco a saúde dos operadores e o impacto ao meio ambiente, é afetada a logística da operação, colocando em risco os ativos da empresa.
Como evitar as queimadas?
Existem leis ambientais e algumas penalidades para as pessoas e empresas que provocam incêndios. Porém, devido a vasta área florestal do Brasil é difícil ter o controle de todo o território, dificultando a penalização destes criminosos. Em relação as medidas preventivas, a população em geral deve se atentar aos cuidados no dia a dia, como não queimar lixo, não fazer fogueiras e não descartar bitucas de cigarro próximo a pastagens ou vegetação rasteira.
As empresas que possuem atividades em áreas favoráveis a ocorrências de queimadas precisam ter um plano de contingência e/ou evacuação para emergências. Atualmente, há plataformas de monitoramento e alertas, como o SMAC, onde os colaboradores podem ser alertados em diferentes situações de risco, como chuva, vento, raios e as queimadas. O principal objetivo deste serviço é aumentar a segurança e otimizar a operação, além de contribuir para um melhor planejamento das empresas destes setores.
Empresas com responsabilidade social utilizam as plataformas de monitoramento de risco meteorológico, para minimizar o impacto em suas operações e nas comunidades vizinhas, compartilhando informações com a Defesa Civil, Prefeitura e grupos locais.
Autores: Camila Brasiliense|Head do Setor de Construção e Mineração; Anderson Costa|Analista Comercial; Jéssica Mendes|Meteorologista e Analista Comercial; Robson Miranda|Meteorologista e Analista Comercial.
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