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Reservatórios da Grande São Paulo já atuam em estado de alerta

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Foto: iStock

 

A falta de chuva que dura desde a primavera passada continua na próxima estação úmida.

 

Um verão com pouca chuva, a presença da Lá Niña que iniciou em 2020 e se estendeu até meados do primeiro semestre deste ano, além da possibilidade de quase 70% de repique da La Ninã nesta primavera deixam pessimistas os cenários de retorno de altos índices pluviométricos, e, consequentemente, a recuperação dos principais reservatórios da Grande São Paulo

 

Cantareira opera em estado de atenção, com 36% do seu volume

 

Desde o dia 18 de agosto o sistema Cantareira está em estado de alerta, o nível neste sábado (04) é de 36,3%, e é o SEGUNDO menor valor de 2021(sendo também o menor desde 01 de janeiro de 2021, quando registrou 36,2%). Quando o volume oscila entre 30 e 39%, a captação de água baixa para 27 m³/s (metros cúbicos por segundo). A situação do volume total armazenado é de 43,3%, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). 

 

Exatamente 8 anos atrás, em 2013, ano antecedente à crise hídrica de 2014, o volume total armazenado era de 56,9%, e o Sistema Cantareira estava com 46,5% do seu volume operacional. 


Situação de 2014, durante a crise hídrica

Já em 04 de setembro de 2014 a situação era muito crítica, somente 11,3 % da capacidade total, sendo que a Cantareira operava com volume morto, com -8%. 

 

 

Choveu mais em 2014 do que em 2021

 

Analisando a chuva ocorrida na cidade de São Paulo, em 2014,  entre os dias 1 de janeiro até 04 de setembro, o acumulado do período foi de 887 mm. Entre 01 de janeiro de 2021 até hoje (04), o acumulado foi de 710 mm. Ou seja, este ano choveu 20% abaixo do mesmo período que 2014. Vale ressaltar que após a crise hídrica, um novo sistema foi adicionado aos mananciais, o Sistema de São Lourenço. 

 

Cenário segue crítico mesmo com retorno do período úmido

 

Os cenários futuros não são otimistas, a chuva até volta a atingir a Grande São Paulo e a área de seus reservatórios em outubro, mas a possibilidade de La Niña já indica que a partir de novembro a chuva reduz drasticamente e o fenômeno deve continuar até o verão 2022. 

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