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Temporal não significa reservatório enchendo

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Foto: iStock

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É muito comum no início da primavera as primeiras pancadas de chuva ocorrerem acompanhadas por granizo, ventanias e muitas trovoadas. São verdadeiros temporais, o que faz as pessoas acharem que está caindo um dilúvio nos reservatórios para abastecimento de água para a população.


Na verdade, a quantidade de água nestas chuvas influencia muito pouco o nível dos reservatórios. Mesmo que o volume seja exorbitante em um curto período de tempo, o solo não tem capacidade de absorver toda essa chuva de uma única vez. Muita água é perdida seja por escoamento sobre a superfície ou por evaporação. Até mesmo a chuva que provoca alagamentos não é aproveitada para encher os reservatórios.


Isso acontece porque estamos saindo de um período de estiagem prolongado. Com a pouca chuva dos últimos meses, o solo foi ficando cada vez mais seco, o que diminui a capacidade de captar de água da chuva.

 

 

Mas como seria uma chuva boa para os reservatórios?

 

O ideal para os reservatórios é que a chuva ocorra de forma frequente e bem distribuída, de preferência na cabeceira dos rios. Um pouquinho por dia, todos os dias, por vários meses seguidos. Podemos dizer que é um trabalho de formiguinha... De pouco em pouco o solo vai ficando mais úmido até que essa água começa a elevar o nível nos reservatórios.


Para ilustrar, podemos pensar em um tijolo de barro. Se jogarmos um balde de água nesse tijolo, meia hora depois ele estará totalmente seco. Agora, se houver uma fonte constante de água sobre a superfície, depois de um tempo ele continuará úmido e terá água também no meio da estrutura. Com o solo funciona de forma parecida.

 

E como fica a previsão para os próximos dias?

 

De uma maneira geral, a chuva deve ser melhor do que foi no ano passado em outubro e novembro. Os modelos de previsão indicam acumulados acima da média para estes dois meses. No entanto, dezembro e janeiro devem ser de chuva abaixo da média. Durante os meses de verão é comum a ocorrência dos chamados corredores de umidade, que atravessam o Sudeste e o Centro-Oeste do país. Quando eles conseguem se formar várias vezes seguidas, o nível dos reservatórios tende a subir.


Confira a previsão detalhada para a primavera no Sudeste.

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