Oferecido por
Um estudo divulgado pelo Global Carbon Project indica que a queda nas emissões de carbono registrada em 2020 tende a reverter, à medida que as atividades econômicas voltam a ganhar impulso em todo o mundo.
As emissões de CO2 provenientes de energias fósseis caíram 5,4% em 2020 devido às medidas para combater a pandemia de coronavírus. Para 2021, entretanto, o relatório apresentado por ocasião da conferência do Clima COP26, em Glasgow, prevê um aumento de 4,9%.
Os pesquisadores já contavam que as emissões aumentariam após essa queda. No entanto, o acréscimo foi "maior do que o esperado”, puxado principalmente por dióxido de carbono nocivo lançado por usinas elétricas movidas a carvão e gás natural.
"Estávamos esperando algum ‘rebote'. O que nos surpreendeu foi sua intensidade e a rapidez”, comentou Pierre Friedlingstein, pesquisador de modelagem climática da Universidade de Exeter, Inglaterra, e principal autor do relatório.
O estudo estima que em 2021 o mundo terá lançado 36,4 bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, contra 36,7 bilhões de toneladas métricas dois anos atrás.
China, Europa e EUA em evidência
Na ponta do ranking dos maiores responsáveis pelas emissões de gás e carvão está a China, sobretudo por empregar esses combustíveis fósseis na geração de sua eletricidade.
Segundo Xie Zhenhua, negociadora climática da ONU e enviada especial da China para o clima, o país é um dos maiores emissores porque ainda tem uma economia em desenvolvimento.
Para a União Europeia (UE), o Projeto Carbono Global prevê um aumento de 7,6% nas emissões de gases-estufa em 2021, em comparação a 2020. Esse número seria 4,2% inferior ao de 2019. Em 2020, a UE foi responsável por 7% das emissões globais. Na Alemanha, as emissões, em 2020, foram 9,7% inferiores às registradas em 2019.
As emissões dos Estados Unidos devem aumentar 7,6% em relação a 2020, de acordo com o relatório, permanecendo 3,7% abaixo dos níveis de 2019. O país foi responsável por 14% das emissões globais em 2020. Deutsche Welle