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Ainda estamos em fevereiro, e já são quatro os grandes vazamentos de petróleo de 2022. O último deles foi em 2 de fevereiro, dia em que muitos brasileiros comemoram o dia da Rainha do Mar, quando um navio de exploração e armazenamento explodiu no litoral da Nigéria com 10 tripulantes a bordo - 7 deles morreram. Os bombeiros demoraram mais de 48 horas para controlar o fogo.
Até agora não se sabe a dimensão do vazamento dos cerca de 60 mil barris que estavam a bordo. Antes, a Nigéria já tinha sido palco, em dezembro, de um vazamento de 2 milhões de barris de petróleo e gás no delta do rio Níger.
Peru
No dia 15 de janeiro, uma quantidade ainda não determinada de barris de petróleo vazou de uma refinaria ao norte de Lima, Peru. A empresa espanhola Repsol, responsável pelo vazamento, tinha omitido a dimensão do acidente, obrigando as autoridades peruanas e expedir proibições para que os diretores da empresa deixassem o país.
De acordo com o regulador do sistema de energia e minas do país, o acidente foi causado por uma manobra brusca do navio-tanque que levou ao rompimento do sistema de descarga.
Inicialmente, a companhia tentou ligar o vazamento à erupção de um vulcão no Tonga. Foram mais de 45 km de praias devastadas pelo óleo cru.
Tailândia
No dia 25 de janeiro, um oleoduto submarino vazou a 20 km do litoral do porto de Map Ta Phut, na Tailândia. O Greenpeace mostrou uma foto de satélite da mancha de petróleo que, segundo a Reuters, no dia 29, cobria uma área de 47 km2 atingindo praias turísticas.
A indústria do Turismo na Tailândia já estava fortemente afetada pela Covid-19. Com o acidente, a tímida recuperação do setor com a volta dos turistas foi freada.
Equador
No dia 31 de janeiro, um oleoduto terrestre vazou na Amazônia equatoriana, contaminando o rio Coca, no Parque Nacional Cayambe-Coca.
O vazamento está na casa das dezenas de milhares de barris. O rio atingido é afluente do rio Amazonas.
Brasil
Apesar de não ser um vazamento de proporções tão grandes quanto os mencionados acima, o Ceará volta a sofrer com a ocorrência intermitente de manchas de óleo em seu litoral. Cerca de 4 mil litros de petróleo cru foram retirados das praias no começo de fevereiro, quando apenas 10 praias estavam próprias para banho em Fortaleza.
Diferentemente do que aconteceu em 2019, a origem deste óleo é compatível com o produto explorado na costa brasileira. A constatação aponta para três hipóteses: vazamento natural de petróleo do fundo do mar, processo conhecido como exsudação; acidente em operação de perfuração de poços; ou acidente em navio de transporte de petróleo.
O Ibama investiga as causas destes vazamentos.