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Para além das baterias, a descarbonização das redes elétricas dependentes de energias renováveis requer novas soluções em armazenamento de energia de longa duração, de acordo com uma reportagem publicada pela The Economist.
Enquanto diversas maneiras vêm sendo estudadas e implementadas para evitar a emissão de dióxido de carbono na atmosfera em todo o mundo, a publicação mostrou o trabalho feito pela startup italiana Energy Dome, que busca armazenar energia em baterias de CO2 sob alta pressão e já planeja escalar um projeto piloto. A vantagem de usar CO2 é que ele pode assumir uma forma densa de líquido à temperatura ambiente, sendo consumido por meio de uma turbina quando a geração de energia é necessária.
As tecnologias de armazenamento de energia de longa duração (Ides, na sigla em inglês) podem fornecer grandes quantidades de eletricidade por horas, dias ou semanas quando solicitadas, e por isso representam complementos importantes para as energias renováveis intermitentes – especialmente em sistemas que visam prescindir de usinas de combustível fóssil ou nuclear.
Para garantir um caminho mais econômico para um mundo com emissões líquidas zero até 2040, o sistema precisa ser capaz de fornecer 1,5-2,5 tw e armazenar 85-140twhrs, segundo levantamento feito pela McKinsey para o ldes Council, um órgão da indústria, citado pela reportagem. Para colocar isso em contexto, a capacidade total de geração de eletricidade da América do Norte hoje é de cerca de 1,1 tw, e 140twhrs é cerca de 5% do consumo anual de eletricidade da União Europeia (UE), afirma o relatório.
Para além da energia hidrelétrica reversível (PSH, na sigla em inglês), tecnologia que representa a forma mais comum de armazenamento, o armazenamento de energia não-PSH deve crescer 20 vezes na próxima década, de acordo com o mais recente Global Energy Storage Outlook, publicado pela Bloombergnef (bnef) no ano passado.
Um estudo recente de tecnologias emergentes à base de lítio pela IHS Markit concluiu que nenhum desses sistemas pode armazenar os volumes de eletricidade necessários para lidar com os desequilíbrios de oferta e demanda que provavelmente surgirão no futuro à medida que a penetração das energias renováveis sobe.
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