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Redes elétricas livres de CO2: armazenamento de longa duração

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Imagem: Pixabay

 

Para além das baterias, a descarbonização das redes elétricas dependentes de energias renováveis ​​requer novas soluções em armazenamento de energia de longa duração, de acordo com uma reportagem publicada pela The Economist. 


Enquanto diversas maneiras vêm sendo estudadas e implementadas para evitar a emissão de dióxido de carbono na atmosfera em todo o mundo, a publicação mostrou o trabalho feito pela startup italiana Energy Dome, que busca armazenar energia em baterias de CO2 sob alta pressão e já planeja escalar um projeto piloto. A vantagem de usar CO2 é que ele pode assumir uma forma densa de líquido à temperatura ambiente, sendo consumido por meio de uma turbina quando a geração de energia é necessária.


As tecnologias de armazenamento de energia de longa duração (Ides, na sigla em inglês) podem fornecer grandes quantidades de eletricidade por horas, dias ou semanas quando solicitadas, e por isso representam complementos importantes para as energias renováveis ​​intermitentes – especialmente em sistemas que visam prescindir de usinas de combustível fóssil ou nuclear. 

 

Para garantir um caminho mais econômico para um mundo com emissões líquidas zero até 2040, o sistema precisa ser capaz de fornecer 1,5-2,5 tw e armazenar 85-140twhrs, segundo levantamento feito pela McKinsey para o ldes Council, um órgão da indústria, citado pela reportagem. Para colocar isso em contexto, a capacidade total de geração de eletricidade da América do Norte hoje é de cerca de 1,1 tw, e 140twhrs é cerca de 5% do consumo anual de eletricidade da União Europeia (UE), afirma o relatório.  

 

Para além da energia hidrelétrica reversível (PSH, na sigla em inglês), tecnologia que representa a forma mais comum de armazenamento, o armazenamento de energia não-PSH deve crescer 20 vezes na próxima década, de acordo com o mais recente Global Energy Storage Outlook, publicado pela Bloombergnef (bnef) no ano passado. 

 

Um estudo recente de tecnologias emergentes à base de lítio pela IHS Markit concluiu que nenhum desses sistemas pode armazenar os volumes de eletricidade necessários para lidar com os desequilíbrios de oferta e demanda que provavelmente surgirão no futuro à medida que a penetração das energias renováveis ​​​​sobe.

 

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