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Agosto: confira a previsão completa para o Brasil

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Agosto se caracteriza, basicamente, por tempo seco e temperaturas em elevação em todo o Brasil, mesmo sendo um mês inteiramente inserido no inverno astronômico. Durante o mês, a tendência é de aumento do calor em praticamente todas as Regiões, sobretudo no Centro-Oeste, interior do Sudeste, Nordeste e parte da Região Norte.

 

De forma geral, agosto será um mês muito seco, com volumes de chuva abaixo dos 25 mm em toda a região em vermelho mais escuro, e é bastante comum, áreas do centro e interior do país terminarem o mês sem nenhuma chuva.

 

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Mapa de precipitação mensal - Agosto 2022

 

A chuva diminui em relação aos meses anteriores na faixa leste do Nordeste, mas ainda há transporte de umidade do oceano em direção ao continente devido aos ventos alísios, condicionados pelo ASAS (Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul). A chuva nesta faixa tende a ser fraca a moderada, com chuva forte de forma mais isolada provocadas por DOL (Distúrbios Ondulatórios de Leste), que já são menos frequentes em agosto.

 

Na Região Sul, a chuva será mais intensa e se torna mais frequente neste mês de agosto, principalmente nas porções mais a oeste, na fronteira com a Argentina e o Paraguai, e isso se deve a uma maior incidência de eventos de JBN (Jato de Baixos Níveis), que contribuem para a formação de nuvens carregadas, que se tornam mais comuns conforme nos aproximamos da primavera.

 

As frentes frias, contudo, são ainda os principais moduladores da precipitação no Sul e no Sudeste. É comum o estabelecimento e o fortalecimento de uma grande massa de ar seco sobre o Centro-Oeste e parte do Sudeste que permanece estável por muitos dias, até semanas, com isso, os dias de calor intenso no interior do país se tornam frequentes, podendo ocorrer até ondas de calor, principalmente na segunda metade do mês.

  

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 Temperatura média mensal - Agosto 2022

 

Mesmo com temperaturas em elevação, agosto ainda é um mês com alta frequência de dias frios no Sul e alguns dias frios no Sudeste e Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso do Sul e no sudoeste de Mato Grosso. As massas de ar frio de origem polar chegam com bastante força ao centro-sul do Brasil, embora encontrem resistência para avançar devido à massa de ar seco que se estabelece sobre a porção central do país, então as frentes frias, bem como as massas de ar frio que as acompanham, se afastam em direção ao oceano, com mais facilidade, levando chuva e queda de temperatura para porções mais a leste da Região Sudeste, por exemplo.

 

Durante a entrada destas massas de ar frio podem, eventualmente, ocorrer eventos de neve nas partes mais altas da Região Sul e geadas amplas. 

 

Confira a previsão completa por Região

 

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Sul

Ao longo do mês de agosto, diferentemente do padrão esperado quando temos a atuação do La Niña, as chuvas ficam acima da média na maior parte da Região Sul, com atenção especial para o norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná. As anomalias positivas de precipitação se estendem até o centro do Rio Grande do Sul, atingindo inclusive a Grande Porto Alegre. No norte do Paraná os volumes de chuva em agosto são menores em relação à maior parte da Região, mas mesmo nesta área, a chuva fica um pouco acima da média. A chuva nestes locais ocorre devido ao avanço das frentes frias no decorrer do mês de agosto.  

 

O choque entre o ar quente e úmido do interior do continente, que antecede a formação das frentes frias, também contribuirá para o fortalecimento da chuva, não se descartando eventos de chuva volumosa. Na metade sul do Rio Grande do Sul a chuva tende a ser menos volumosa e frequente em relação à média histórica, mas ainda deve ocorrer em episódios regulares.

 

Quanto às temperaturas, toda a Região terá um mês com temperatura um pouco abaixo da média devido tanto à maior cobertura de nebulosidade favorecida pelo frequente avanço de frentes frias, quanto pelo ingresso de massas de ar frio na retaguarda das frentes.

 

Há possibilidade de 2 a 3 eventos de geadas amplas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o sul do Paraná, com possibilidade também de 1 evento de geada, inclusive no norte do Paraná. Apesar da tendência de um mês mais frio que o normal, os períodos de frio se alternam com dias quentes, e estes dias podem ter calor que chega a ser intenso especialmente no oeste da Região Sul – contudo, são esperados períodos mais curtos, eventos pontuais, em geral, ocorrendo em situações de pré-frontal.

 

Sudeste

Boa parte das frentes frias que avançarão sobre a Região Sul ao longo do mês de agosto conseguirão passar por parte da Região Sudeste, atingindo o sul, leste e a faixa litorânea de São Paulo, sul e Minas Gerais, região da Zona da Mata Mineira, Rio De Janeiro e o Espírito Santo. Nestas áreas, que incluem as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, a chuva tende a ficar acima da média Climatológica, com 3 a 4 frentes frias passando no decorrer do mês.

 

Esta chuva será mais intensa na Baixada Santista, Litoral norte de SP, além do litoral sul fluminense, incluindo a região da Costa Verde e o Grande Rio. Há possibilidade de períodos de chuva mais volumosa que podem provocar transtornos.

 

Normalmente, agosto é um mês de pouca chuva na faixa litorânea de SP, então os volumes acima da média previstos podem ocorrer em poucos dias durante a entrada destas frentes frias. As mesmas regiões onde a previsão é de mais chuva, têm tendência de terem um agosto mais frio comparado à média climatológica.

 

Ressalta-se que, em agosto, é bastante comum a ocorrência de períodos prolongados de tempo seco, alternando com poucos dias frios. No interior de São Paulo, no Triângulo e noroeste de Minas, o mês de agosto deverá ser bastante seco, com volumes próximos da média (que já é muito baixa), quente e com baixa umidade relativa do ar. No interior de São Paulo os dias frios ocorrerão de forma pontual.

 

A chuva fica um pouco acima da média na região de Campinas. No leste de Minas Gerais a chuva fica um pouco acima do normal, e o tempo mais fechado favorece dias mais amenos, então a temperatura fica um pouco abaixo da média.

 

Centro-Oeste

Grande parte da Região terá um mês muito seco e quente, principalmente em Mato Grosso, norte e nordeste de Mato Grosso do Sul, em Goiás e no Distrito Federal. Em Mato Grosso praticamente não chove durante todo mês, com exceção do noroeste do estado, onde há expectativa de pancadas de chuva isoladas durante alguns dias.

 

Há possibilidade de ondas de calor, principalmente na segunda quinzena do mês. Nestas áreas, além do calor, a umidade relativa do ar fica muito baixa por muitos dias. Em Mato Grosso do Sul a chuva fica um pouco acima da média no centro-sul do estado, devido à entrada de frentes frias, e está mesma área deve ter um mês com bastante oscilação das temperaturas, que devem ficar um pouco abaixo da média. As massas de ar frio avançam pelo Mato Grosso do Sul, sobretudo nas áreas do sul e oeste do estado, além do sudoeste de Mato Grosso, trazendo queda de temperatura ao longo do mês.

 

Nordeste

Ao longo do mês de agosto a tendência é de temperaturas em elevação em toda a Região, sobretudo no interior, onde o calor é intenso e praticamente não chove. Entre o oeste da Bahia, extremo sul do Maranhão de sul do Piauí as noites continuam amenas a frias, mas com forte elevação da temperatura ao longo dos dias – nestas áreas, a temperatura fica acima da média.

 

No sul da Bahia, no litoral baiano e na região do Recôncavo, a temperatura fica abaixo da média com a entrada de frentes frias (2 a 3 eventos no decorrer do mês). Na faixa litorânea entre o Sergipe e o Rio Grande do Norte a chuva diminui em relação a julho, mas permanece com volumes e frequência acima do normal, não se descartando, principalmente na primeira quinzena, novos transtornos entre Maceió e Natal.

 

Na faixa norte, onde a chuva é escassa nesta época do ano, os volumes tendem a ficar acima da média devido ao Atlântico Tropical mais aquecido, o que favorece a formação de nuvens carregadas.

 

Norte

A entrada de mais umidade do oceano no decorrer de agosto deve trazer volumes de chuva acima da média histórica no Amazonas, norte e oeste do Pará, no Amapá, Roraima, Acre em Rondônia. A chuva não será constante, mas ocorrerá numa frequência maior. Por conta da maior umidade e maior cobertura de nuvens, a temperatura fica abaixo da média, e os dias de calor intenso nestas áreas serão menos frequentes, prevalecendo uma situação de tempo mais abafado.

 

No sul e leste do Pará, além do Tocantins, o mês seguirá quente e muito seco, com pouquíssimos dias de chuva – nestas áreas, temperaturas acima da média. No sul da Região, entre o sul do Amazonas, Acre e Rondônia, há possibilidade de 1 a 2 eventos de friagem, que trazem queda nas temperaturas.

 

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