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Região Centro-Oeste do Brasil - previsão para a primavera 2022

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9 min de leitura

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Em 2022, o equinócio da primavera no Hemisfério Sul ocorre às 22h04 do dia 22 de setembro. Este é início astronômico da primavera de 2022, que se estende até às 18h48 de 21 de dezembro, pelo horário de Brasília. O fenômeno La Niña influencia toda a estação, com previsão de enfraquecimento em dezembro deste ano.

Climatologicamente a primavera é uma estação de transição do inverno, Clima seco em grande parte do país, com episódios de frio, para o verão, período em que o ar quente e úmido predomina no país.

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Região Centro-Oeste do Brasil: previsão para a primavera 2022

 

Em quase todo o Brasil, primavera significa a volta da chuva, o aumento da umidade e do calor. Mas para a maioria das áreas do Nordeste e para a porção norte da Região Norte, onde estão os estados de Roraima e o Amapá, a primavera é a estação do calor intenso e de pouca chuva.


Primavera com La Niña


As águas do oceano Pacífico Equatorial Leste estão com temperatura abaixo da média normal, caracterizando o fenômeno oceânico-atmosférico La Niña.

O clima global vem sendo influenciado pelo La Niña desde meados de 2020. A primavera de 2022 será a terceira primavera consecutiva com o padrão de precipitação e de temperatura modificado pelo fenômeno La Niña.

 

Situação do oceano Atlântico Sul


Na maior parte da primavera, o contraste térmico entre porção oceânica na costa da Região Sul e a região entre a costa do Uruguai e da Argentina não estará favorável para o deslocamento das frentes frias pelo interior do Brasil. A tendência é que os sistemas passem rapidamente sobre a Região Sul e avancem pela costa do Sudeste, tendo pouca influência sobre o interior desta Região e também do Centro-Oeste.


Outros fenômenos

 

A circulação dos ventos em diversos níveis da atmosfera e as condições de temperatura no interior do continente, não estarão favoráveis para a formação de sistemas convectivos de mesoescala. Este tipo de fenômeno atmosférico é típico da primavera e responsável por episódios de temporais e grandes volumes de chuva sobre áreas do Sul e do Centro-Oeste do Brasil.


Pancadas de chuva

 

No decorrer da primavera, o aumento gradual da disponibilidade de umidade e de calor facilita a formação das nuvens cumulonimbus, que frequentemente provocam fortes pancadas de chuva, com fortes rajadas de vento, raios e eventualmente queda de granizo (pedras de gelo). Estas pancadas de chuva ficam cada vez mais comuns nas tardes e noites da primavera no Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste e no Norte do Brasil, voltando a ocorrer também em alguns locais do sul do Maranhão, sul do Piauí e do oeste da Bahia.
Estas pancadas podem causar diversos transtornos em áreas urbanas e rurais, como danos em plantações, enchentes e alagamentos repentinos, queda de árvores de pequeno, médio e até grande porte, danos em linhas de transmissão de energia, mortes de pessoas e de animais.

 

Frentes frias

 

Várias frentes frias vão avançar para o Sudeste do Brasil, mas a maioria de forma oceânica, com maior impacto nas áreas próximas ao litoral. Eventualmente alguma frente fria poderá influenciar áreas do Centro-Oeste facilitando a formação de áreas de chuva e aliviando o calor.


Na Região Sudeste, o resfriamento mais notável causado por estas frentes frias serão nas áreas próximas ao litoral, atingindo áreas como o sul e o leste de São Paulo, o estado do Rio De Janeiro, o estado do Espírito Santo, parte do Sul de Minas e da Zona da Mata Mineira. Eventualmente poderá ocorrer entrada de ar frio de origem polar em Mato Grosso do Sul.

 

Corredores de umidade e ZCAS

 

Em novembro e em dezembro, algumas destas frentes frias devem chegar ao litoral do Espírito Santo e vão ajudar a formar corredores de umidade entre o Sudeste e o Norte do Brasil, que serão responsáveis por períodos prolongados de precipitações frequentes e até volumosas na porção centro e norte da Região Sudeste, na parte norte do Centro-Oeste, em áreas do Pará, do Tocantins e da Bahia. É possível que ocorra a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) em novembro e/ou em dezembro de 2022.

 

Primavera 2022 na Região Centro-Oeste

 

Mapas de previsão climática
 

As cores nos mapas de previsão climática da Climatempo para a primavera de 2022 representam a previsão da anomalia de precipitação e de temperatura. Anomalia é a diferença entre o previsto e um valor climatológico, que é uma referência previamente calculada.

 

Mapas de anomalia de precipitação

 

- os tons de verde indicam precipitação acima (verde escuro) da média normal ou um pouco acima (verde claro) da média climatológica mensal; os tons de laranja representam precipitação abaixo (laranja escuro) da média normal ou um pouco abaixo (laranja claro) da média climatológica mensal; tom cinza claro indica precipitação próxima da média climatológica mensal;


Outubro

 

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Novembro

 

 

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Dezembro

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Mapa de anomalia de temperatura

 

- os tons de vermelho indicam temperatura acima (vermelho escuro) da média normal ou um pouco acima (vermelho claro) da média climatológica mensal; os tons de azul representam temperatura abaixo (azul escuro) da média normal ou um pouco abaixo (azul claro) da média climatológica mensal; tom cinza claro indica temperatura próxima da média climatológica mensal.

 

Outubro

 

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Novembro

 

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Dezembro

 

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Região Centro-Oeste: resumo da previsão da primavera 2022
 

Outubro: volume de chuva acima da média no centro-sudeste de MT, leste de GO e DF; dentro a acima da média nas demais áreas de MT e de GO; dentro a abaixo da média no sul e leste do MS, dentro a acima da média nas demais áreas de MS; temperatura próximo da média na Região, de forma geral;

 

Novembro: o volume total de chuva neste mês deve ser um pouco acima da média normal em quase todas as áreas de MT, de GO e no extremo norte de MS; deve chover mais do que a média no norte e nordeste de GO, no DF e no extremo nordeste de MT; tendência de menos chuva que o normal no centro-sul e sudeste de MS; temperatura próxima da média na maioria das áreas de MT e de MS; temperatura um pouco abaixo da média no leste de MT, GO, no DF e no nordeste de MS; mais calor do que o normal no sul de MS;

 

Dezembro: chuva dentro do normal no oeste de MT e na faixa centro-oeste e centro-leste de MS; o total de precipitações no fim do mês deve ficar um pouco acima da média na maioria das áreas de MT, na faixa norte de MS e no sul de GO; volume de chuva acima da média no noroeste e leste de MT, no DF e em quase todas as áreas de GO; menos chuva do que a média no centro-sul e sudeste de MS; temperatura dentro da média histórica em quase toda a Região; temperatura um pouco abaixo da média climatológica no DF, no norte e centro-leste de GO.

 

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