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Automação de Dados Meteorológicos no Saneamento

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No Brasil, o setor de saneamento é responsável por garantir o fornecimento de água potável e o tratamento de esgoto. Esse setor enfrenta vários desafios, incluindo a falta de investimentos, a falta de planejamento e regulamentação eficazes, além da corrupção.

 

Como exemplo do aumento da ocorrência e intensidade de eventos extremos, duas estações meteorológicas localizadas na cidade de São Paulo confirmaram essa tendência nos últimos 20 anos. Ano após ano, cenas de inundações e fortes chuvas voltam a rotina dos brasileiros, com um poder de destruição cada vez maior.

 

dados meteorológicos

 

Ao falar de automação de dados meteorológicos, temos o uso de tecnologia para coletar, processar e armazenar as informações de forma automatizada. Isso inclui sensores automatizados para medir variáveis como temperatura, umidade, pressão, velocidade do vento e precipitação, bem como sistemas de computação para processamento e armazenamento.

 

Essa inovação possui várias vantagens, incluindo a capacidade de coletar dados com maior precisão e frequência. Dessa forma, é possível melhorar a qualidade dos modelos meteorológicos, fornecer previsões mais precisas e monitorar eventos climáticos extremos, como tempestades, furacões e inundações.

 

Como exemplo, temos o Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (SIMGE), que é utilizado para previsões e monitoramento do Clima, disponibilizando avisos e alertas para prevenção de eventos como estiagens ou chuvas abundantes. 

 

O sistema conta com a utilização de satélites, modelos meteorológicos, sistemas de detecção de raios, além de dados observados por meio de Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) automáticas e de radares meteorológicos.

 

“As mudanças climáticas tornaram obsoletos os atuais projetos de infraestrutura de saneamento”, diz o documento “Climate Change and Urban Water Utilities”. Segundo o estudo, o planejamento no setor utiliza dados históricos para determinar o investimento de recursos em saneamento, sem considerar os impactos que as mudanças no clima estão ocasionando no mundo todo, nem o aumento da frequência e intensidade dos eventos extremos.

 

Em um primeiro momento, é de urgência que as previsões meteorológicas sejam aprimoradas, principalmente se tratando de microrregiões, como os bairros de São Paulo. Com o aumento da confiabilidade e precisão dos dados, é necessário, em sequência, que um sistema de alertas ágil e eficiente, seja criado.

 

Não há serventia em apenas adotar medidas tópicas, sem considerar a resiliência da infraestrutura do setor a longo prazo, pensando na realidade climática atual. Entre as ações a serem tomadas, podemos citar a proteção de fontes e bacias de água, a adoção de tecnologias como o reuso de água e a dessalinização, além da revisão dos modelos meteorológicos e o controle da demanda.

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