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De acordo com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o ano de 2022 foi marcado pelo uso recorde das energias renováveis em nosso país, sendo elas, responsáveis por cerca de 92 % do total de eletricidade gerada pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) e que conforme o órgão, foi o maior percentual dos últimos 10 anos.
No balanço de consumo e geração de 2022 realizado, foram aproximadamente 62 mil megawatts médios de energia, que refletiram o cenário climático hídrico mais favorável para recuperação dos reservatórios de água que apresentavam uma situação crítica deixada pelo ano de 2021, bem como, a expansão de fontes/usinas eólicas e solares. Todo esse crescimento é o reflexo de possuirmos matrizes energéticas bem diversificadas, e claro, além de ser uma ganho de grande valor para o meio ambiente essa singularidade abre portas para novos mercados, como por exemplo, o de créditos de carbono ou ainda o de hidrogênio verde.
Figura 1. Geração distribuída anual elaborada pela CCEE com base nos dados da ANEL.
Em ordem crescente temos os aumentos das gerações eólica com 12,6 % no comparativo anual, hidrelétricas com 17,1 %, aumento que muito deu-se devido ao aumento das chuvas 2022 decorrentes em grande parte do fenômeno La Ninã que estava atuando durante o ano mencionado, e não menos importante, a geração de energia solar que apresentou o maior aumento de 64,3 % em relação a 2021, que produziram ao todo 1,4 mil MW.
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Atrelado ao aumento da geração renovável de energias, temos também que em 2022, o consumo médio dos brasileiros apresentou um aumento de aproximadamente 1,5 % em relação ao ano anterior, chegando ao valor médio de 67 mil MW. No geral, a ocorrência de temperaturas mínimas e máximas menores em 2021 levaram a redução do consumo nos meses de setembro a novembro, que foi contrastante com o aumento do consumo em outubro de 2022 com a ocorrência de temperaturas máximas maiores.
Figura 2. Variação do consumo anual elaborado pela CCEE.
Autores: Tabata Macêdo e CAMet - UEA (Centro Acadêmico de Meteorologia da Universidade do Estado do Amazonas)