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El Niño vem aí e pode causar novos recordes de calor

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Organização Meteorológica Mundial, OMM, afirma que fenômeno tem 80% de chance de ocorrer até setembro deste ano.

 

A nova atualização da Organização Meteorológica Mundial, OMM, alerta que o fenômeno El Niño tem grande probabilidade de se desenvolver ainda este ano, e uma das maiores preocupações é com a elevação das temperaturas globais, efeito básico em anos de El Niño

 

 

El Niño deve se formar no segundo semestre de 2023

 

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, alerta que o desenvolvimento do fenômeno climático provavelmente levará a um novo pico no aquecimento global e aumentará a chance de quebrar recordes de temperatura.

 

 

Aumento das temperaturas


O fenômeno climático tem 60% de chance de chegar até final de julho, deste ano, e 80% de probabilidade que se forme até setembro.

 

Na última atualização da NOAA, de 11 de maio de 2023,  a expectativa era de que pelo menos um El Niño fraco vai se formar. Mas para o final do ano (novembro-janeiro), há uma  uma chance de 80% de que pelo menos um El Niño moderado se organize (Niño-3,4 ≥ 1,0°C) e cerca de 55 % de chance de ocorrer um forte El Niño (Niño-3,4 ≥ 1,5°C). A chance de a atmosfera tropical não se acoplar ao oceano e o El Niño não se materialize  é baixar, ficando entre 5% e 10%

 

O El Niño é um padrão climático de ocorrência natural associado ao aquecimento das temperaturas da superfície do oceano na porção central e leste do Pacífico Equatorial. Ocorre em média a cada dois a sete anos, e os episódios geralmente duram de nove a 12 meses.

 

O fenômeno está normalmente associado ao aumento das chuvas em partes do sul da América do Sul, sul dos Estados Unidos, Chifre da África e Ásia Central. Por outro lado, o El Niño também pode causar secas severas na Austrália, na Indonésia e partes do sul da Ásia.

 


Anomalia da temperatura da superfície do mar de 15 de abril a 15 de maio de 2023 (Fonte: NOAA)

 

 

Freio temporário


De acordo com Taalas, os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. No entanto, nos últimos três anos houve um resfriamento por conta do La Niña, que atuou como um “freio temporário” na elevação da temperatura.

 

Ele afirma que o mundo deve se preparar para o desenvolvimento do El Niño, que além do calor, deve aumentar a seca ou chuvas em diferentes partes do mundo.

 

Segundo o secretário-geral da OMM, isso pode trazer alívio da seca no Chifre da África e outros impactos relacionados ao La Niña, mas também pode desencadear eventos climáticos e climáticos mais extremos.

 

Assim, ele reforça a necessidade dos sistemas de alerta precoce em todo o mundo.

 

Fonte: ONU News

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