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Etna em erupção: por que vulcões continuam expelindo lav

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6 min de leitura

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Notícias de erupções vulcânicas só chegam às manchetes quando são de grandes proporções e causam distúrbios – como nos casos do Etna, Kilauea, Mauna Loa, Merapi, Eyjafjallajökull ou Fagradalsfjall – mas a qualquer momento durante um determinado ano podem ocorrer entre 50 e 80 novas erupções ao redor do mundo.

 

Dados do Programa Global de Vulcanismo (GVP) da Smithsonian Institution sugerem que, até junho de 2023, houve 48 erupções vulcânicas contínuas no mundo. E um total de 56 vulcões entraram em erupção nos primeiros seis meses do ano.

 

 

Erupção do vulcão Etna (Itália) em outubro de 2014. (Foto:GettyImages)

 

Recentemente, um dos vulcões mais ativos do mundo, o Etna, começou a causar preocupação pública novamente. Situado na Sicília, ele retomou sua atividade no último fim de semana. Nesta quarta-feira (16/08) o governo local decretou estado de pré-alerta, devido à alta probabilidade de novas erupções, após as erupções de domingo levarem ao fechamento temporário do aeroporto de Catânia.

 

Segundo especialistas italianos, episódios eruptivos como esse são normais na recente atividade do vulcão e costumam cobrir de cinzas as cidades sicilianas em seu redor. O último tinha ocorrido em maio.

 

 

Vulcão mais ativo da Europa


O Monte Etna é o vulcão mais ativo da Europa e um dos maiores do mundo. Sua atividade vulcânica registrada remonta a 1500 a.C. Desde então, entrou em erupção mais de 200 vezes.

 

As erupções atuais no Etna causaram cancelamentos de voos do aeroporto próximo de Catânia.

 

O uso de carros e motos também foi proibido por 48 horas devido à grande quantidade de cinzas nas estradas. As cinzas podem ser escorregadias e aumentam o risco de acidentes.

 

 

Outros vulcões em erupção


Uma das erupções de longo prazo mais famosas foi a do vulcão Kilauea, no Havaí. Sua atividade iniciada em 1983 continuou – quase sem parar – por 35 anos até 2018, apenas para voltar novamente à atividade em 2021. A erupção ainda está em andamento.

 

O Dukono, na Indonésia, começou a entrar em erupção em agosto de 1933 e ainda continua. Santa Maria, na Guatemala, começou a entrar em erupção em junho de 1922 e ainda não parou.

 

E o Yasur, em Vanuatu, começou a entrar em erupção por volta de 1270 (± 110 anos) e ainda continuava em atividade em 9 de junho de 2023.

 

Saiba mais sobre vulcões e mudanças climáticas

 

O que é um vulcão?


Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, "vulcões são aberturas onde lava, piroclastos e vapor são expelidos à superfície da Terra".

 

Os vulcões podem estar na terra e no oceano. Eles são em parte resultado de suas próprias erupções, mas também da formação geral do nosso planeta, conforme as placas tectônicas se movem.

 

Cordilheiras como os Andes, na América do Sul, e as Montanhas Rochosas, na América do Norte, assim como vulcões, são formadas pelo movimento e colisão de placas tectônicas.

 

Existem quatro tipos principais de vulcões: cones de escórias, compostos ou estratovulcões, vulcões-escudo e caldeiras.

 

Seu tipo é determinado pela forma como a lava de uma erupção flui e como esse fluxo afeta o vulcão e, como resultado, como afeta o ambiente circundante.

 

 

Como os vulcões entram em erupção?


Essencialmente, é um caso de magma, ou rocha derretida, abaixo da superfície da Terra, borbulhando, subindo e transbordando, como leite fervendo em uma panela no fogão.

 

O magma encontra seu caminho para as aberturas do vulcão e é expelido pela terra e pela atmosfera. Quando o magma irrompe de um vulcão, é chamado de lava.

 

Alguns dos vulcões mais ativos estão localizados no Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 90% de todos os terremotos ocorrem dentro do Anel de Fogo.

 

 

Os cientistas podem prever erupções vulcânicas?


Os cientistas são capazes de prever erupções vulcânicas com horas ou, às vezes, vários dias de antecedência. Este não é o caso dos terremotos, que são muito mais difíceis de prever.

 

Os cientistas usam dados sismográficos de terremotos e outros tremores, porque estes podem ser precursores de erupções vulcânicas.

 

Os pesquisadores também monitoram o solo em busca de sinais de deformação que podem ser causados pelo movimento do magma. Eles também fazem leituras de emissões de gases vulcânicos e mudanças na gravidade e nos campos magnéticos.

 

 

 Este conteúdo é uma obra originalmente publicada pela agência alemã DW. A opinião exposta pela publicação não reflete ou representa a opinião deste portal ou de seus colaboradores. Logo Deutsche Welle Deutsche Welle

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