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O Global Stocktake (GST), como um mecanismo instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), representa um importante passo na busca por soluções mais sustentáveis e equilibradas para o planeta. Trata-se de um balanço global que monitora a evolução das metas estipuladas pelo Acordo de Paris, tendo como foco a redução dos impactos das mudanças climáticas e a promoção de iniciativas socioeconômicas alinhadas à preservação ambiental. Este sistema foi implementado pela primeira vez em Glasgow, durante a COP26, e visa não só informar os avanços obtidos, mas também as lacunas a serem preenchidas por cada país membro.
Essa avaliação, que ocorre a cada cinco anos, tem seu fechamento programado para a COP28 nos Emirados Árabes Unidos. Ao longo desse período, os países são incentivados a repensar suas estratégias, verificar se estão alinhados com os compromissos globais e, se necessário, redefinir suas metas. Este é um exercício de autoavaliação e, sobretudo, de responsabilidade global. Ao final, espera-se que os países, cientes de seus avanços e desafios, estejam mais capacitados e motivados para a elaboração de políticas públicas eficazes.
O processo de GST é dividido em três etapas. Na primeira, ocorre a coleta de informações pela ONU, com dados oriundos de diversas fontes. Nesse levantamento, são considerados estudos, relatórios e outras evidências que possam ajudar a compor um retrato fiel da situação climática global. Já na segunda etapa, há uma avaliação técnica desses dados, na qual são analisadas questões como a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e os mecanismos de adaptação às mudanças climáticas. Finalmente, na terceira fase, as conclusões são apresentadas na COP, onde são debatidas, avaliadas e, a partir delas, definidas as futuras ações e estratégias.
A relevância do GST para o cenário global é inegável. Além de proporcionar um panorama atualizado das ações e resultados de cada país, ele identifica áreas prioritárias de atuação. Essa visão global permite que países, organizações e empresas definam estratégias mais assertivas e alinhadas com os desafios do momento. No entanto, conforme salientado por Simon Stiell, secretário executivo de mudanças climáticas da ONU, o balanço, por si só, não é a solução. É fundamental que as partes envolvidas analisem, compreendam e, acima de tudo, atuem com base nessas informações. Somente assim será possível garantir que as metas do Acordo de Paris sejam efetivamente alcançadas e que o mundo caminhe em direção a um futuro mais sustentável.
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