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O Rio Grande do Sul registrou mais de 175 mil descargas elétricas em um único dia. Com um total de 175.275 descargas elétricas registradas, o estado se destacou como a região com o maior número de descargas em todo o país. Essa intensa atividade elétrica atmosférica é uma característica comum do Brasil, influenciada por uma série de fatores geográficos e climáticos.
Fatores geográficos e climáticos
O Brasil, em geral, é fortemente influenciado pela ocorrência de descargas elétricas, devido a uma série de fatores geográficos e climáticos. Sua vasta extensão territorial, Clima tropical com alta umidade e temperaturas elevadas, juntamente com sua localização em uma zona de convergência de massas de ar, contribuem para a formação de nuvens de tempestade e, consequentemente, para a incidência de descargas elétricas.
Distribuição das ocorrências no estado
Ao analisar os dados específicos do estado do Rio Grande do Sul, é possível destacar algumas regiões que foram especialmente afetadas pela atividade elétrica atmosférica. Municípios como Uruguaiana, Alegrete e Santiago registraram números expressivos de raios, com 38.070, 15.968 e 7.490 ocorrências, respectivamente. Além disso, outros municípios também registraram números significativos de ocorrências, como Quaraí, Rosário do Sul e São Borja, com 9.177, 9.392 e 6.353 raios, respectivamente. Essas áreas, localizadas na fronteira oeste e central do estado, também foram impactadas por tempestades elétricas intensas durante o período analisado. Na Figura-1, podemos observar a distribuição de ocorrência de descargas nuvens solo, que atingiram o solo gaúcho.
Figura 1- Descargas Elétricas nuvem solo que atingiram o Rio Grande do Sul ontem. Fonte: Guilherme Borges- Meteorologista Climatempo
Impacto das Chuvas
É importante ressaltar que o estado do Rio Grande do Sul enfrentou um aumento na atividade de chuvas devido à atuação de um VCAN (vórtice ciclone de altos níveis) sobre a região. A precipitação acumulada nas últimas 24 horas em vários municípios do Rio Grande do Sul fornece uma visão detalhada do impacto das chuvas intensas na região e também na distribuição dos raios. De acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), podemos observar:
Dados do CEMADEN:
• Passo Fundo: 54.0mm
• Soledade: 41.8mm
• Santa Maria: 39.6mm
• Rosário do Sul: 34.0mm
• Caçapava do Sul: 26.4mm
• São Borja: 25.2mm
• Quaraí: 20.2mm
• Redentora: 18.4mm
Dados do INMET:
• Caçapava do Sul: 36.4mm
• Passo Fundo: 30.0mm
• Santa Augusto: 27.8mm
• São Borja: 25.8mm
• São Vicente do Sul: 23.8mm
• Soledade: 19.8mm
• Serafina Corrêa: 19.6mm
• Quaraí: 18.6mm
Essa intensa atividade elétrica reflete a influência dos fatores climáticos e geográficos da região. Além disso, a variação na quantidade de chuva e raios em diferentes áreas destaca a complexidade da variação das chuvas. Esses dados ressaltam a importância do monitoramento e compreensão dos fenômenos climáticos extremos para a segurança da população e o planejamento de medidas preventivas.