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Fumaça das queimadas alcança o Sul do Brasil

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Figura 1 - Fumaça das queimadas chegam ao Sul do Brasil. Fonte: INPE

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Nos últimos dias, a fumaça resultante das queimadas tem chegado ao sul do Brasil, transportada pela circulação dos ventos. Tão densa, essa fumaça pode ser vista claramente por imagens de satélite, evidenciando a gravidade da situação.

Figura 1 - Fumaça das queimadas chegam ao Sul do Brasil. Fonte: INPE

Figura 1 - Fumaça das queimadas chegam ao Sul do Brasil. Fonte: INPE

Inverno: estação crítica para queimadas no Brasil


O inverno no Brasil é particularmente crítico para as queimadas. Durante essa estação, o Clima seco, a baixa umidade do ar e a predominância de massas de ar seco se combinam, criando um ambiente altamente inflamável. A redução drástica das chuvas faz com que a vegetação perca umidade, tornando-se extremamente suscetível ao fogo. Além disso, a umidade relativa do ar frequentemente cai abaixo de 20%, condições ideais para a propagação rápida dos incêndios.

 

Aumento alarmante de focos de queimadas em 2024


Dados recentes do programa BDqueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram um aumento alarmante nos focos de queimadas no Brasil nos primeiros sete meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Mato Grosso do Sul lidera o ranking, com um aumento impressionante de 1.138 focos em 2023 para 5.354 em 2024, representando uma diferença absoluta de 4.216 focos e um aumento percentual de 370,47%. Mato Grosso também apresentou um crescimento significativo, com os focos subindo de 7.541 em 2023 para 11.242 em 2024, resultando em uma diferença absoluta de 3.701 focos e um aumento percentual de 49,08%.

 

O Papel dos ventos no transporte da fumaça


Os ventos em 850 hPa, aproximadamente 1.500 metros acima do nível do mar, desempenham um papel crucial no transporte da fumaça das queimadas. Eles dispersam os poluentes, impactando a qualidade do ar em regiões distantes das fontes de incêndio. A Cordilheira dos Andes atua como uma barreira natural, alterando os padrões de vento e direcionando a fumaça para o Sudeste, afetando áreas como o Sudeste e Sul do Brasil. Além disso, os Andes bloqueiam a umidade vinda do Pacífico, contribuindo para a seca no interior do continente durante o inverno. Essa seca intensifica as queimadas, aumentando a quantidade de fumaça gerada, que é então transportada pelos ventos para outras regiões.

Figura 2 - As setas brancas indicam o transporte da fumaça pelos ventos. Fonte: INPE

Figura 2 - As setas brancas indicam o transporte da fumaça pelos ventos. Fonte: INPE


A situação das queimadas no Brasil é preocupante, especialmente durante o inverno, quando as condições climáticas favorecem a propagação do fogo. O aumento nos focos de queimadas em 2024 em comparação com o ano anterior destaca a necessidade urgente de medidas para controlar e prevenir incêndios florestais, protegendo tanto o meio ambiente quanto a saúde pública.

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