A convergência entre as novas economias e atividades produtivas que proporcionem o fomento do desenvolvimento sustentável da região amazônica é o foco da 2ª Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que será realizada de quarta a sexta-feira, em Belém. Organizado pelo IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração, o evento tem o apoio da Climatempo, a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina.
A conferência visa promover a atividade industrial sustentável, responsável e legalizada na Amazônia, em contraponto ao impacto ambiental e social nocivo do garimpo ilegal, que, entre outras consequências, causa desmatamento e acelera as mudanças climáticas.
No encontro, a Climatempo compromete-se a desenvolver uma cartilha sobre práticas e ações corporativas para mitigação e adaptação às mudanças do clima e preservação do planeta. Engajada com a preservação ambiental, a empresa vem atuando diretamente junto a empresas do setor de mineração para apoiá-las na redução dos riscos climatológicos.
Também com foco no setor de mineração, a Climatempo participa do XV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, com a apresentação, no dia 07 de novembro, do artigo “Caracterização Climática Estratégica na Bacia do Rio Cana Brava no Estado de Goiás”, pela engenheira ambiental e gerente de projetos na Climatempo, Renata Martins.
Desenvolvido com foco no setor de mineração, o estudo analisou as variáveis meteorológicas e o comportamento do clima nos últimos 30 anos na região entre Goiás e Pará, e projetou o cenário para as próximas décadas, apontando como isto impactará a disponibilidade hídrica futura em caso de continuidade das mudanças climáticas.
Entre as projeções, está a de um aumento na temperatura máxima e mínima na frequência de dias muito quentes e uma diminuição no número de noites frias no ano, bem como a tendência de o clima ficar mais seco, reduzindo a frequência e a intensidade das chuvas ao longo dos próximos anos.
“O ciclo hidrológico desta região deverá ser mais impactado futuramente, e o mesmo pode estar ocorrendo em outras localidades da Amazônia”, observa Renata. “Daí a importância de se avaliar o cenário futuro para se tomar medidas mitigadoras e adaptativas do efeito das mudanças climáticas no longo prazo.”
“À medida que as mudanças climáticas se intensificam, o risco para a operação das mineradoras também cresce, com a ocorrência mais frequente de chuvas intensas e inundações, temperaturas mais altas, secas prolongadas e tempestades elétricas”, destaca Nil Nunes, COO da Climatempo.
Ele explica que fenômenos como chuvas intensas, secas prolongadas e tempestades elétricas podem interromper atividades fundamentais do dia a dia das mineradoras, danificar infraestrutura e impactar o transporte de minerais. “As mudanças climáticas têm aumentado a frequência e intensidade desses eventos, provocando ainda mais vulnerabilidade nas operações e a necessidade de adaptação”, destaca Nunes.
A meteorologia tem desempenhado um papel crucial nesse sentido, ao fornecer serviços que ajudam as empresas a se planejarem com antecedência frente ao que pode vir em termos do clima. Entre as informações fornecidas, está a emissão de alertas antecipados de chuvas intensas, tempestades e ondas de calor, permitindo às mineradoras planejar operações de forma mais segura, evitar interrupções e acidentes; o monitoramento de raios, para que operações em áreas de risco sejam suspensas quando identificadas tempestades elétricas; e o serviço de previsão de chuvas para gestão hídrica, que fornece a previsibilidade necessária para a adoção de medidas de otimização do uso da água na atividade mineradora e de recuperação de reservatórios.