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Além do limite: O mundo já superou 1,5°C

Temperatura global em alta recorde: o futuro climático pode ter chegado antes do previsto.

Guilherme Borges

12/02/2025 às 11:18

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Imagem da notícia Além do limite: O mundo já superou 1,5°C

O ano de 2024 marcou um marco climático alarmante: pela primeira vez, as temperaturas médias globais da superfície do ar superaram 1,5°C acima dos níveis pré-industriais por 12 meses consecutivos. Esse fenômeno, embora preocupante, não significa automaticamente que a meta do Acordo de Paris foi fracassada. Dois estudos publicados na Nature Climate Change oferecem uma análise detalhada sobre o que esse aquecimento extremo representa para o futuro do clima global.

12 Meses acima de 1,5°C: Um sinal de ultrapassagem antecipada?

De acordo com o estudo de Alex J. Cannon, esse período de aquecimento excepcional sugere que o limite do Acordo de Paris pode ter sido ultrapassado antes do esperado. O estudo utilizou simulações do CMIP6, mostrando que, em cenários de altas emissões, sequências tão prolongadas de calor extremo ocorrem geralmente após o limite de longo prazo já ter sido atingido. Mesmo em cenários com reduções rigorosas de emissões, existe uma probabilidade considerável de que o mundo já tenha ultrapassado esse limiar.

O evento El Niño de 2023-2024 contribuiu para o aumento das temperaturas, mas não explica totalmente o aquecimento observado. O estudo destaca outros fatores, como mudanças nos forçantes radiativos devido à erupção do vulcão Tonga em 2022 e a redução das emissões de enxofre pela regulamentação do transporte marítimo a partir de 2020, que também podem ter influenciado o aumento das temperaturas.

Um ano acima de 1,5°C: O início de um período crítico?

 

O segundo estudo, liderado por Emanuele Bevacqua, indica que o ano de 2024 pode marcar o início do período de 20 anos em que o aquecimento médio global atingirá 1,5°C. O Acordo de Paris define suas metas com base em médias de 20 anos, considerando tanto a variabilidade natural quanto as mudanças climáticas induzidas pelo homem.

Análises de modelos climáticos do CMIP6 mostraram que, historicamente, o primeiro ano isolado que excedeu marcos de aquecimento global (como 0,6°C, 0,7°C, 0,8°C, etc.) ocorreu dentro do período de 20 anos correspondente a esses níveis. Se essa tendência se mantiver, o fato de 2024 ter superado 1,5°C indica que já estamos vivendo o início do período crítico para o cumprimento das metas climáticas.

Mesmo considerando a influência de eventos climáticos extremos, como o El Niño, os modelos indicam que a probabilidade de o limite de 1,5°C já ter sido ultrapassado é de aproximadamente 76%, podendo chegar a 99% em cenários de altas emissões.

Eventos Extremos em Escala Regional e Global

 

O aumento das temperaturas médias globais está diretamente relacionado à intensificação de eventos climáticos extremos em diversas regiões do mundo. O calor recorde de 2024 foi acompanhado por ondas de calor intensas, incêndios florestais devastadores, secas severas e chuvas extremas, afetando milhões de pessoas. Regiões como o sul da Europa, o oeste dos Estados Unidos, a Austrália e partes da América do Sul registraram incêndios sem precedentes, enquanto áreas da Ásia e da África enfrentaram inundações catastróficas.

O impacto desses eventos vai além dos danos imediatos. O estresse hídrico, a perda de colheitas e a destruição de infraestruturas essenciais aumentam a vulnerabilidade das populações, especialmente em países em desenvolvimento. Além disso, o aquecimento dos oceanos está contribuindo para o branqueamento de corais e a intensificação de ciclones tropicais, com consequências devastadoras para ecossistemas marinhos e comunidades costeiras.

O que isso significa para o futuro?

 

Embora um único ano acima de 1,5°C não determine o fracasso do Acordo de Paris, ele serve como um forte alerta. O risco é que o planeta esteja caminhando rapidamente para um ponto de não retorno, onde os impactos das mudanças climáticas se tornarão mais severos e difíceis de reverter.

Os estudos destacam a necessidade urgente de ações de mitigação rigorosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e desacelerar o ritmo do aquecimento global. O ano de 2024 não é um sinal de derrota, mas um chamado à ação para acelerar políticas de adaptação e mitigação, visando proteger o futuro do planeta e das próximas gerações.


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