A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém do Pará, será um marco para o debate global sobre transição energética. O evento reunirá líderes internacionais, especialistas e representantes do setor produtivo para discutir como os países, especialmente o Brasil, podem avançar na redução das emissões de gases de efeito estufa e garantir maior resiliência climática por meio de soluções energéticas sustentáveis.
O Brasil chega à COP30 com desafios e oportunidades. Como uma das nações com maior matriz energética renovável do mundo, com mais de 83% de sua matriz elétrica proveniente de fontes renováveis, o país tem papel estratégico na transição global para fontes limpas. A agenda energética incluirá o fortalecimento da geração solar e eólica, sendo que o Brasil já possui mais de 30 gigawatts (GW) de capacidade instalada em energia eólica e mais de 53 GW em energia solar fotovoltaica. A ampliação do hidrogênio verde, com sua primeira fábrica do Brasil sendo construída em Camaçari, na Bahia, e o desenvolvimento de tecnologias que tornem a eletrificação de setores intensivos em carbono mais eficiente e acessível.
Além da transição para fontes limpas, a segurança energética será um dos pilares centrais das discussões. A necessidade de tornar o fornecimento de energia mais estável e resiliente frente a eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e tempestades severas, está no radar das autoridades. O planejamento energético precisará considerar cada vez mais a influência das mudanças climáticas para evitar crises de abastecimento e impactos na economia.
Compromisso climático e o papel da meteorologia
A resiliência climática e a eficiência energética andam lado a lado. A previsão meteorológica, por exemplo, tem se tornado uma ferramenta essencial para o setor elétrico, permitindo melhor planejamento da geração e distribuição de energia. Modelos climáticos avançados ajudam a prever padrões sazonais, como períodos de estiagem que impactam hidrelétricas ou oscilações nos ventos que afetam parques eólicos.
Além disso, a operação e manutenção (O&M) desempenham um papel fundamental nesse cenário. No curto prazo, serviços de O&M utilizam o SMAC (Sistema de Monitoramento e Alerta Climatempo) para monitoramento contínuo e emissão de alertas meteorológicos, garantindo uma resposta rápida a eventos climáticos adversos. Já no planejamento de longo prazo, relatórios climáticos e previsões para os próximos meses auxiliam na definição de estratégias mais eficientes para a geração e distribuição de energia.
“A COP30 será um momento decisivo para reforçar o compromisso global com a transição energética e garantir que o Brasil aproveite todo o seu potencial como potência em energias renováveis. A Climatempo, como referência em meteorologia aplicada, entende que a integração entre previsão climática e planejamento energético será um diferencial competitivo para o país. Estamos diante de uma oportunidade única de liderar esse processo e demonstrar ao mundo como ciência, tecnologia e inovação podem transformar desafios climáticos em soluções sustentáveis,” afirma Patrícia Madeira, CEO da Climatempo.