Dezembro é um mês de aumento natural do calor no Brasil pela proximidade do solstício de verão, que este ano ocorre às 6h21 do dia 21 de dezembro de 2024, hora de Brasília.
Verão 24/25
Início: 6h21 de 21/12/2024
Fim: 6h02 de 20/3/2025
O abafamento é uma característica de dezembro, em que se observa um aumento da média das temperaturas mínimas no Centro-Oeste e no Sudeste.
Para praticamente todo o Centro-Oeste, Sudeste e parte da Região Norte, a média de precipitação de dezembro é a primeira ou a segunda maior na escala anual.
Temporais e eventos de chuva volumosa são comuns em dezembro em todas as regiões do país.
Frentes frias e corredores de umidade
A expectativa é de que 4 ou 5 frentes frias avancem do Sul para o Sudeste passando rapidamente pela costa da Região Sul e estacionando em trechos da costa do Sudeste. As duas primeiras frentes frias serão observadas na primeira quinzena do mês, sendo uma já no final da primeira semana de dezembro.
A primeira frente fria de dezembro de 2024 surge a partir de uma frontogênese (nascimento de uma frente fria) associada a um forte ciclone extratropical que deve se desenvolver na costa do Rio Grande do Sul e do Uruguai entre os dias 1 e 2 de dezembro.
O deslocamento destas frentes frias, combinado com circulações de vento em diferentes níveis da atmosfera (cavados, alta da Bolívia, baixas pressões), vai gerar a organização de corredores de umidade, que trazem o ar úmido e quente da Região Norte do Brasil para o Centro-Oeste e Sudeste, que é o combustível básico para a formação das nuvens de chuva.
Possibilidade de ZCAS
Há possibilidade de formação pelo menos um evento de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) no mês de dezembro, porém, a faixa principal de instabilidade, onde a chuva é mais frequente e volumosa, deve ficar posicionada ao centro-norte da região Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil, influenciando principalmente o Espírito Santo, o centro-norte de Minas Gerais e áreas do Rio de Janeiro, além da Bahia, Distrito Federal, Goiás e grande parte de Mato Grosso.
- De forma geral, a condição de ar úmido e quente vai continuar predominando em dezembro, como já ocorreu em novembro. Independentemente da passagem das frentes frias, a combinação básica de calor+muita umidade no ar +relevo local vai garantir a ocorrência de pancadas de chuva quase todas as tardes, que poderão ser de moderada a forte intensidade em vários locais e em vários dias. As áreas de instabilidade ficam mais abrangentes durante a passagem das frentes frias.
Previsão para dezembro 2024
Em dezembro de 2023 choveu abaixo do normal em quase todo o Brasil e o calor foi excessivo.
Para dezembro de 2024 espera-se mais chuva do que em dezembro de 2023 e temperaturas mais próximas da normalidade, sem calor extremo.
Precipitação em dezembro de 2024
A Climatempo prevê que o volume de chuva de dezembro de 2024 fique um pouco acima da média normal para o mês em praticamente todas as áreas do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil, nas porções oeste e norte do Paraná e no oeste do Amazonas.
Temperatura em dezembro de 2024
A Climatempo prevê que, mesmo sem expectativa de ondas de calor, a temperatura no Brasil em dezembro de 2024 fique um pouco acima da média para o mês em praticamente todo o país.
Destaques regionais para dezembro de 2024
Região Sul
Risco para ondas de calor, principalmente, no oeste dos estados de RS, SC e PR, ao longo do verão.
- Temperaturas mais elevadas e picos de calor em Porto Alegre.
- Leste de SC e PR tendem a apresentar temperaturas mais próximas da média, com um calor moderado.
- Entre os meses de dezembro e janeiro, as chuvas ocorrem de forma irregular e ficam mal distribuídas ao longo do mês. • As frentes frias atuam de forma mais rápida pela Região Sul.
- Em fevereiro, o comportamento das chuvas segue irregular e as chuvas ficam abaixo da média.
Região Sudeste
Alternância entre semanas chuvosas com temperaturas próximas e/ou abaixo da média e semanas de calor intenso e pancadas de chuva típicas de verão.
- O verão de 2024/2025 será menos quente do que o verão de 2023/2024. NÃO serão observadas ondas de calor frequentes.
- Frentes frias mais frequentes passando pelo litoral e pela capital de SP, RJ, MG e ES que auxiliam na formação frequente dos corredores de umidade e ocorrência de ZCAS.
- No interior de SP as temperaturas são mais elevadas e as chuvas ocorrem em formato de pancadas.
- Grande diferenças com dezembro de 2023: dezembro de 2024 terá condições mais chuvosas e temperaturas mais próximas da média.
Região Centro-Oeste
O verão de 2024/2025 será menos quente do que o verão de 2023/2024. Não serão observadas ondas de calor frequentes.
- Frequente formação de corredores de umidade e ocorrência de ZCAS!
- Volumes de chuva acima da média, principalmente, no GO, MT e leste do MS.
- O calor não deverá ser destaque na região. Apesar disso, eventuais ondas de calor podem afetar o centro-sul do MS ao longo do verão.
- Grande diferenças com dezembro de 2023: dezembro de 2024 terá chuvas mais volumosas e frequentes; Temperaturas próximas e/ou abaixo da média.
Região Nordeste
O mês de dezembro ainda será marcado por temperaturas acima da média, principalmente, no MA, PI e oeste do CE.
- As chuvas começam a aumentar, principalmente, no sul do MA e do PI, no interior de PE e na Bahia.
- O destaque é para a atuação de corredores de umidade mais posicionados para norte da sua posição climatológica que favorecem a ocorrência de chuvas acima da média em grande parte do Nordeste.
- Em dezembro, a ZCIT ainda não estará presente no litoral norte do nordeste. A partir da segunda quinzena de janeiro esse sistema começa a se deslocar para a região favorecendo chuvas frequentes.
- Grande diferenças com dezembro de 2023: em dezembro de 2024, o calor não será tão intenso e as chuvas serão mais frequentes.
Região Norte
Em dezembro, as temperaturas ainda ficam acima da média, principalmente, no PA e TO;
- Tempo abafado na maioria das regiões;
- Frequente formação de corredores de umidade e episódios de ZCAS.
- Apesar de abaixo da média durante o verão, as chuvas são muito volumosas e frequentes, o que favorece a recuperação gradual dos rios na região.
- O risco para recordes históricos de mínimo de vazão no próximo ano é baixo.