Veranico em pleno período úmido?

Climatempo estreia série sobre mercado de carbono

Negócios

O impacto do clima no varejo brasileiro

Janeiro com previsão de mais chuva no Norte do Brasil

Moda

Transição alimentar e seu impacto climático: soluções emergentes

Aumento alarmante de mortes por ondas de calor no Brasil

Alimentação

Missão da Nasa terá brasileiro em 2025

Ecoansiedade: como eventos extremos impactam a saúde mental

Saúde

Tarifas de Energia: Impacto das chuvas nas contas de luz

Mudanças Climáticas: Uma ameaça à segurança Energética

Energia

Previsão do tempo para o domingo do segundo turno de eleições

Governo

Você sabia? Dependente da chuva, Brasil irriga apenas 2,6% da área global

Como o produtor rural brasileiro irá preparar a produção agrícola para os impactos climáticos?

Sustentabilidade

Chuvas recordes expõem vulnerabilidade do Brasil ao clima

Ventos fortes preocupam equipes de emergência em Los Angeles

Mudanças Climáticas

Chuva persiste no Sul do Brasil com alerta para tempestades no Rio Grande do Sul

Chuva perde força no RS, mas segue forte no Paraná e SC

Mais recordes de calor em capitais do Sudeste

Rio de Janeiro lidera como o estado mais quente do Brasil

Sudeste

Temporais marcam os primeiros dias de 2025 no Mato Grosso

Goiânia registra maior chuva em 24h em 19 anos

Centro-Oeste

Chuva intensa no Nordeste: São Luís tem o 2º janeiro mais chuvoso da história

Temporal histórico atinge São Luís e supera média mensal

Nordeste

Norte do Brasil sob alerta de chuva forte e temporais

Rios amazônicos sobem, mas cenário ainda preocupa

Norte

Ar polar extremo gela Estados Unidos e Canadá

Onda de frio ártico afeta milhões na região central dos EUA

Frio

Aniversário de São Paulo terá pancadas de chuva e calor menos intenso

Perigo no Sul e calorão de 40 °C no Rio de Janeiro

Temporal

Brasil tem novo recorde de calor para 2025

Sudeste continua em forno alto nesta quarta

Calor

Ciclone Chido deixa centenas de mortos em ilha francesa paradisíaca

Tempestade subtropical Biguá provoca ventania no RS

Ciclone

La Niña está ativo e influencia o clima no verão do Brasil

La Niña 2024/2025: Fraca e de curta duração, segundo a WMO

La Niña

Rastros de aviões nos céus escondem ameaça para o clima

Que embalagem é mais verde: plástico ou papel?

O clima que queremos

Eventos climáticos extremos tem impactado de forma negativa a produção de sequeiro. Veja algumas dicas para começar hoje o manejo de irrigação

A chance de novos recordes diminui bastante a partir desta quinta-feira por causa do aumento da nebulosidade e das pancadas de chuva na Região Sudeste.

Volumes de chuva seguem elevados no Norte, com destaque para Monte Alegre (PA), que registrou 215,8 mm em 24 horas.

Por causa do calor intenso, há risco de chuva moderada a forte em todos os estados, mas de forma isolada.

Estado do Rio de Janeiro registra temperaturas recordes e lidera ranking nacional de calor, com cidades entre as mais quentes do Brasil.

Chuvas recentes elevaram os rios amazônicos, mas a situação ainda preocupa devido aos impactos da seca prolongada

Toda a Região Sudeste esquentou muito nesta segunda-feira. O calor já era intenso na madrugada e chegou a quase 39°C durante a tarde nas áreas litorâneas.

Calor bate recorde em três capitais do Sudeste

Das 10 maiores temperaturas no Brasil medidas nesta segunda-feira, a maioria ocorreu em estados do Sudeste e em áreas litorâneas, próximas da Serra do Mar. Parte da culpa é do aquecimento adiabático!

Que calorão é esse no Sudeste?

Enquanto a chuva perde força no RS, o Paraná segue com tempo instável e alerta para temporais ao longo da semana.

Sudeste enfrenta semana de calor intenso, com previsão de novos recordes de temperatura em várias capitais

Sudeste terá calor intenso e pode bater novos recordes

Tarde do sábado, 18, e madrugada do domingo, 19, foram as mais quentes do ano até agora. Confira como fica o tempo neste inicio de semana.

Em fim de semana quente, São Paulo bate duplo recorde de calor para 2025

Como esperado, o fim de semana foi marcado por aumento do calor no Sul e no Sudeste. Várias capitais registraram recordes de calor.

Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte registram as madrugadas mais quentes do ano

Nova frente fria se forma no Sul do Brasil colocando fim a onda de calor. Ao menos 15 estados brasileiros começam a semana com tempo abafado e alerta para temporal.

O calor continua intenso neste domingo nas duas capitais.  Há previsão de algumas pancadas de chuva no final da tarde o começo da noite. 

Recorde de calor no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, pelo segundo dia consecutivo

Onda de calor entre o Brasil, o Paraguai, o Uruguai e a Argentina e grande redução da nebulosidade no Sudeste justificam as altas temperaturas. Calor bateu nos 40°C em MS e passou dos 39°C no Grande Rio e no RS.

Calorão perto dos 40°C no RS, SC, PR, RJ, ES e MS

Mato Grosso do Sul continua o estado mais quente do Brasil neste mês de janeiro.  Mas o calor aumentou nos últimos dias nas áreas a oeste do Paraná e oeste do Rio Grande do Sul.

Novo recorde de calor no Brasil para 2025

Além do recorde para este ano, as três capitais registraram a maior temperatura até agora para o verão 2024/2025. Rio de Janeiro pode chegar aos 40°C no fim de semana.

Novos recordes de calor para 2025 no Rio, em Belo Horizonte e em Porto Alegre

O Brasil enfrenta três desastres climáticos em uma semana, com chuvas acima da média, desabrigados e municípios em situação de emergência

O padroeiro da cidade do Rio de Janeiro vem trazendo muito sol e calorão, com temperaturas que podem chegar aos 40°C na cidade do Rio.  Serão os dias mais quentes de 2025 até agora.

Fim de semana de São Sebastião traz sol forte e calorão para o Rio de Janeiro

Há risco de temporal na maioria das áreas do estado. Grande SP também está sujeita a chuva forte, com potencial para alagamentos.

Ainda pode chover forte em SP nesta sexta

Informações foram divulgadas durante a Conferência Internacional de Açúcar e Etanol que reuniu mais de 1300 pessoas em São Paulo

Projeção aponta queda de 9,4% na safra 2024/25 de cana

Veja como fazer o condicionamento na fase da recria e as recomendações na época da transição das secas para o período das águas

Técnica de manejo recupera rebanho castigado pela estiagem  

Chuvas em outubro iniciam queda nos focos de queimadas, mas impactos ambientais e desafios de prevenção ainda exigem atenção para os próximos meses.

Intensificação das chuvas reduz queimadas em outubro

Chuvas ajudaram na reserva hídrica do solo e beneficia os trabalhos em campo   

Semeadura da soja avança em ritmo acelerado no PR

Previsão indica chuvas acima de 50 milímetros para algumas localidades paranaenses. Veja no mapa 

Colheita do trigo está finalizada no Paraná

Frente fria em alto mar aumenta a umidade no centro-sul e leste paulista. RMSP fica em alerta com risco para transtornos

Risco de temporal na Grande SP

Confira alguns fatos que você precisa saber sobre este o ciclone extratropical para não cair nas fakes news por aí.

Ciclone extratropical se forma esta semana entre o RS e Uruguai

Chuva intensa e frente fria trarão instabilidade ao Sul do Brasil nesta semana.








Semana chuvosa com frente fria no Sul do Brasil

Colapso oceânico pode transformar o clima do Brasil

Cidades como Vila Pavão e Rio Bananal superaram a média mensal de chuva. Frente fria mantém instabilidade e preocupa centro-norte do Espírito Santo.

Espírito Santo segue em alerta para temporais e mais chuva

Última semana do mês terá formação de ciclone extratropical e de frente fria, com potencial para provocar temporais e muito vento no Sul do Brasil.

Pancadas de chuva e ciclone extratropical fecham outubro

Chuvas fortes atingem Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com acumulados que superaram a média mensal em algumas áreas nas últimas 24 horas.








Chuvas intensas em MG, RJ e SP superam a média de outubro em 24h

Condições para chuva diminuem no decorrer do dia. Grande SP segue com temperatura amena. Confira quanto choveu no sábado.

Domingo úmido no estado de São Paulo

Áreas de instabilidade persistem sobre SP na noite deste sábado, podendo chover com moderada forte intensidade em vários locais.

SP segue com chuva na noite deste sábado

Chuvas fortes atingem MT, MS e GO, com acumulados expressivos em Goiânia, que registrou 60% da média mensal em 24h. Alerta para alagamentos segue ativo.

Goiânia tem 60% da chuva do mês em 24h; MT, MS e GO em alerta

Chuva deve continuar entre a noite deste sábado e a madrugada e manhã de domingo (20). Risco ainda alto para transtornos!

Acumulados já ultrapassam 50mm em cidades de Minas Gerais

A chuva da primavera finalmente começou no Centro-Oeste. Os acumulados já passam de 100mm em vários locais da Região e também no Distrito Federal

Brasília supera a média de chuva de outubro com 4 temporais

A previsão é que estas áreas de instabilidades que atuam no país se intensifiquem sobre Minas Gerais e o Rio de Janeiro até o fim deste sábado

Interior do país continua com previsão de chuva forte 

América do Sul terá safra recorde de soja em área e produção, revela projeção da DATAGRO

Clima e preço favorecem cultivo da soja no Brasil 

Chuva volumosa e persistente neste final de semana, dias 19 e 20 de outubro. A chuva pode se prolongar por muitas horas seguidas, variando de intensidade! 

Climatempo alerta: Perigo de chuvas volumosas na Região Sudeste

O acumulado do ano deve ficar abaixo de 300 mil toneladas. Mudança climática afetou mercado global. Entenda

Clima impacta e safra de trigo de SP encerra com volume menor

Sistemas meteorológicos combinados deixam Centro-Oeste e Sudeste em alerta para tempo instável até segunda-feira.

Sudeste e Centro-Oeste sob alerta de chuvas intensas e temporais

Grandes áreas de instabilidades se formam no fim de semana e acumulados podem superar os 100mm até o domingo, 20 de outubro

Alerta: temporais ganham mais força no interior de SP

A República Dominicana é um paraíso caribenho com uma diversidade de atrações turísticas espalhadas por regiões icônicas. 

Destino: República Dominicana! Passeios incríveis o ano todo

Especialistas definiram cenários e expectativas para safra nos principais players internacionais

Mudanças Climáticas: novas perspectivas para o mercado de trigo

A superlua de 17 de outubro será a maior e mais brilhante de 2024. Veja onde e como observá-la, além das condições de visibilidade no Brasil.


Superlua de outubro: O que saber e como observá-la

Rio de Janeiro enfrentará dias seguidos de chuva intensa até 21 de outubro, com acumulados que podem superar 100mm. Shows de Bruno Mars terão chuva.


Chuva no Rio de Janeiro persistirá até segunda-feira

Com a previsão de mais chuva forte, há risco de ventania como na sexta-feira, 11 de outubro? Confira a previsão de chuva e de ventos.

Alerta em SP: chuva forte e ventania

A primeira quinzena de outubro começou com níveis de umidade abaixo dos 10% e o calor de 43°C, mas terminou com muita umidade e temporais. Saiba quanto choveu.

Brasil tem muita chuva nos próximos dias

A 9º edição do evento irá realizar uma final de reality show culinário ao vivo com produtoras 

Força no campo: mais de 3 mil mulheres estarão reunidas no CNMA

Semeadura da soja tende a aumentar ainda mais após as chuvas  

Plantio do milho 1ª safra avança no Paraná

Após chuvas intensas, o RS terá trégua nos próximos dias, com sol predominando em várias regiões e temperaturas estáveis.








Chuva dá trégua no RS com previsão de sol nos próximos dias

Climatempo e Defesa Civil instalam radar de alta tecnologia em Porto Alegre para intensificar o monitoramento e a resposta a eventos climáticos extremos no RS.

Radar do RS aprimora respostas a eventos extremos no estado

Aumento do nível médio dos oceanos é uma ameaça global, especialmente para ilhas e cidades costeiras. Quais as causas desse fenômeno e como podemos reagir?

Como as mudanças climáticas elevam o nível do mar?

Estado tem mais chuva prevista. Veja no mapa como fica as condições do tempo nos próximos dias 

Umidade alta pode impactar qualidade do trigo no Paraná

La Niña adia sua formação, enquanto o Brasil enfrenta um padrão neutro que persiste nas condições climáticas.

 La Niña atrasa e padrão neutro continua

Veja o vídeo enviado pelos produtores que marca o início do plantio nas duas regiões 

Chuva favorece início da semeadura da soja no PR e em GO 

A semana será marcada por chuvas intensas e temporais no Rio Grande do Sul, com acumulados expressivos no oeste, campanha e sul do estado.


Alerta de chuva e ventos fortes no Rio Grande do Sul

Após um final de semana de chuvas, a previsão aponta para intensificação das precipitações em boa parte do Brasil, aliviando a seca e marcando a primavera.

Previsão de chuva para esta semana em amplas regiões do Brasil

Veja no mapa quantos milímetros de chuva está previsto para sua região ao longo da semana

Chuva se espalha sobre as áreas de cana do Brasil

Na Campanha, o plantio está sendo limitado pelo excesso de umidade no solo. Veja como fica o tempo nos próximos dias

Fim do vazio sanitário marca o início do plantio da soja no RS 

No dia 14 de outubro, celebramos uma profissão que combina ciência, tecnologia de ponta e compromisso com o futuro: o Dia do Meteorologista

Dia do Meteorologista: Garantindo um futuro seguro e sustentável

A partir de meados da semana, a condição de novas pancadas de chuva retornam a boa parte do estado! 

Início de semana sem alertas meteorológicos no estado de SP

Tempo fica mais instável neste começo de semana no estado da Bahia. Instabilidades avançam mais para o interior da Região nos próximos dias

Chuva aumenta no Nordeste

Furacões e tornados causam ventania extrema e estão entre os mais destruidores fenômenos atmosféricos, mas são completamente diferentes entre si.

Furacão e tornado: qual a diferença?

Ventania arrancou parte da cobertura dew shopping na zona sul da cidade. Entenda o que provocou o temporal e a previsão para o fim de semana.

Temporal assusta São Paulo com ventos de mais de 100 km/h

Chuva acumulada entre o fim da tarde do dia 9 e o fim da tarde do dia 11 já representa de 70% a 80% da média de chuva para outubro.

Espírito Santo em alerta para muita chuva no fim de semana

Impacto do fenômeno será pontual. Veja a tendência para agricultura nos próximos meses

Atualização mostra cenário de La Niña entre Outubro e Novembro

Após causar 16 mortes, o furacão Milton impacta a Flórida com ventos fortes e tornados, deixando milhões sem energia.



Flórida em estado de emergência após o furacão Milton

O ar úmido permanece sobre Minas Gerais e as pancadas de chuva continuam nos próximos dias aliviando o calor e a secura do ar e da terra.

Volta a chover em Belo Horizonte depois de 170 dias de seca

Apesar de o Brasil ser um dos grandes produtores globais de alimentos, bioenergia e fibras, a maior parte de sua produção agrícola é baseada em sistemas de sequeiro, ou seja, dependente das chuvas. De acordo com as atuais estatísticas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (<a href="https://click.cse360.com.br/Click/AddCampaignEmailClick/3944a233-8648-4ea4-d814-08dd19e2870c/https%253a%252f%252fwww.fao.org%252ffaostat%252f/77344eb4-0835-4b24-fae0-08d7c5ff26d1/angela@climatempo.com.br/True">FAO</a>), a área brasileira irrigada corresponde a apenas 2,6% da área irrigada global, apesar de termos cerca de 12% da água superficial e as maiores reservas de água subterrânea (aquíferos) do planeta.
“A área total irrigada do Brasil, de cerca de 9,2 milhões de hectares – incluídos todos os sistemas de irrigação como o uso de gotejamento, inundação e aspersão convencional, por exemplo – é menor que as áreas irrigadas do Irã e Paquistão, três vezes menores que a dos Estados Unidos e oito vezes menor que as áreas irrigadas da China e Índia”, explica Daniel Guimarães, pesquisador da área de agrometeorologia, da Embrapa Milho e Sorgo (MG).
Vantagens no uso da irrigação
As principais vantagens do uso da irrigação, segundo ele, estão relacionadas ao aumento da produtividade por área (entre duas e três vezes em relação aos cultivos não irrigados), qualidade e estabilidade da produção, produção na entressafra, além da redução na pressão para expandir a fronteira agrícola.
Já a desvantagem, está no grande consumo de água dos mananciais. A maioria dos aquíferos está em processo de depleção, em que a recarga é menor que o volume retirado. “O rebaixamento do nível de água dos aquíferos traz grandes desafios para a produção de alimentos no futuro associados à menor oferta de água em longo prazo, maiores custos de bombeamento, redução nas vazões das águas superficiais e tendência de salinização das águas subterrâneas”, alerta.
Além de Guimarães, Elena Landau, pesquisadora em Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, concordam que os eventos climáticos extremos, como estiagens prolongadas, ondas de calor e excesso de chuvas, têm impactado de forma negativa a produção agrícola de sequeiro no Brasil, além de provocar abalos no mercado interno e na pauta das exportações.
<div id="attachment_459436" style="width: 649px" class="wp-caption alignnone"><img aria-describedby="caption-attachment-459436" decoding="async" loading="lazy" class=" wp-image-459436" src="https://statics.climatempo.com.br/sites/1/2025/01/irrigacao-300x200.jpg" alt="" width="639" height="426" srcset="https://statics.climatempo.com.br/sites/1/2025/01/irrigacao-300x200.jpg 300w, https://statics.climatempo.com.br/sites/1/2025/01/irrigacao.jpg 750w" sizes="(max-width: 639px) 100vw, 639px" />
Foto: Getty Images
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“Essas volatilidades inerentes à produção de sequeiro têm refletido na tendência de crescimento da agricultura irrigada no Brasil”, completa o pesquisador.
Fernando Braz Tangerino é professor e engenheiro agrônomo no campus da Unesp em Ilha Solteira, no interior paulista. É um especialista em agricultura irrigada e se depara com muitas dúvidas sobre o manejo da irrigação por meio de pivô central.
Tangerino explica que atualmente, o manejo da irrigação parte do princípio que o solo é um reservatório com um tamanho e capacidade de água disponível. A diferença está na variável entre umidade na capacidade de campo e no ponto de murcha permanente multiplicado pela profundidade. Mas, como obter essa variável?
De acordo com o professor, é necessário obter uma amostra do solo de forma precisa e levar ao laboratório para uma análise afim de que se descubra a curva de retenção de água no solo. Os dados irão trazer os valores de umidade volumétrica correspondente a capacidade do campo e ponto de murcha permanente. Um número menos o outro multiplicado pela profundidade efetiva do sistema radicular se chega ao tamanho do reservatório. <a href="https://podcast.unesp.br/17993/professor-da-unesp-esclarece-duvidas-sobre-o-manejo-da-irrigacao-por-meio-de-pivo-central">Ouça aqui o material completo e mais dicas do Professor Tangerino.</a>
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Em 2025 o Brasil irá sediar a COP 30 e muito irá se discutir sobre como podemos ser mais resilientes diante dos impactos das mudanças do clima. Quais ações estão ao alcance do produtor rural brasileiro para adotar práticas mais sustentáveis e tornar os sistemas de produção capazes de suportar os impactos climáticos na agricultura.
O que está sendo feito em áreas produtivas no Brasil? A jornalista Angela Ruiz, bateu um papo no estúdio podcast Agrotalk com Ingrid Graziano, líder de produtos de sustentabilidade da Cargill na América do Sul sobre os projetos de agricultura sustentável que estão apoiando agricultores no aumento de eficiência e sustentabilidade de seus sistemas de produção. Veja:
<iframe loading="lazy" title="Podcast AGROTalk #262: Sustentabilidade no Campo" width="500" height="281" src="https://www.youtube.com/embed/n8ZCCMUbFXM?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
A Climatempo lançou uma série sobre Mercado de Carbono com o apoio da ABAG e você pode conferir os episódios que estão disponíveis abaixo:
1 – <a href="https://www.youtube.com/watch?v=YBbppgvp0io">Podcast #255- Saiba tudo sobre o projeto aprovado</a>
2 – <a href="https://www.youtube.com/watch?v=9gU00DLgf_o&amp;t=299s">Podcast#258 -Conceitos do Mercado de Carbono</a>
3 &#8211; Podcast#262 &#8211; <a href="https://agroclima.climatempo.com.br/noticia/2025/01/16/ha-alternativas-de-produzir-alimentos-com-menor-emissao-e-maior-sequestro">Há alternativas de produzir alimentos com menor emissão e maior sequestro?</a>
Onde ouvir o podcast AgroTalk 
Perdeu algum episódio? Acompanhe<a href="https://www.climatempo.com.br/podcast/agrotalk" target="_blank" rel="noreferrer noopener"> aqui</a> lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.
Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk.
Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na <a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PLxmGWMXKfr9rBHjTLt66eABsFMoa7TU9S" target="_blank" rel="noreferrer noopener">playlist do Youtube</a>

O desafio das mudanças climáticas será enfrentado com boas práticas agrícolas. Veja quais são as ações prioritárias na visão da especialista

Diante das altas temperaturas que persistem quase o ano todo, cidades do Nordeste estão adotando medidas para mitigar o calor extremo e seus impactos no ambiente urbano.
Um desses exemplos é a cidade de Fortaleza, no Ceará, que vem substituindo o asfalto pelo concreto na pavimentação de ruas, avenidas e estradas da região, com o intuito de diminuir as ilhas de calor.
A medida não se limita somente à capital cearense e já pode ser observada em municípios como Sobral, Crato e outros. Segundo a Secretaria das Cidades do estado, as obras para substituição já ocorrem em 39 municípios e 12 regiões, com o intuito de trocar a matéria-prima usada na pavimentação em diversos locais.
Especialistas ouvidos pela DW Brasil apontam a iniciativa como positiva, já que o concreto pode durar por mais tempo. &#8220;Do ponto de vista prático, o pavimento asfáltico normalmente, tem um custo inicial mais baixo, mas ele se desgasta mais facilmente ao longo do tempo, tem uma durabilidade menor em comparação com o concreto, que tem um custo inicial geralmente mais alto, mas requer menos manutenção ao longo do tempo&#8221;, explica Iuri Bessa, professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC).
<h2>Concreto reflete melhor a radiação solar</h2>
O engenheiro da Coordenadoria de Obras Urbanas da Secretaria das Cidades do Ceará, Bruno Nobre, ressalta a economia gerada pela troca de material. &#8220;A pavimentação asfáltica está mais sujeita a variação do preço do petróleo, tendo em vista que este elemento faz parte de sua composição, e requer uma logística mais complexa para realizá-la”, diz.
Na questão ambiental, o asfalto está mais sujeito a absorção da radiação solar, contribuindo para as altas temperaturas em espaços urbanos. Já o concreto apresenta melhores condições de refletividade, que contribuem para uma menor absorção de calor, além de melhorar a iluminação das vias no período noturno.
A substituição do asfalto pelo concreto e pela pavimentação em piso intertravado tem sido adotada como uma alternativa para melhorar a qualidade das vias em diversos municípios do Ceará.
O asfalto é amplamente utilizado nas cidades devido ao seu custo inicial mais baixo e flexibilidade. Ele é composto por uma mistura de agregados (como pedras e areia) e ligante asfáltico, um derivado do petróleo que atua como &#8220;cola&#8221; na estrutura.
No entanto, o material é sensível a altas temperaturas, podendo amolecer e sofrer deformações permanentes ao longo do tempo, o que aumenta a necessidade de manutenção, de acordo com Webert Silva, engenheiro civil e doutorando em engenharia de transportes pela UFC e em sistemas de transporte pela Universidade de Lisboa.
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<h2>Custo inicial mais alto</h2>
Por outro lado, o concreto é um material rígido, formado pela combinação de cimento, água e agregados. &#8220;O pavimento rígido tende a ter três vezes mais vida útil que o asfalto. Por isso começamos a dar ênfase nesse material e nos blocos intertravados. Atualmente, é o que estamos priorizando no Ceará&#8221;, diz Ilo Santiago, superintendente adjunto de Rodovias da Superintendência de Obras Públicas do Estado do Ceará (SOP).
Contudo, seu custo inicial é mais alto, o que demanda planejamento estratégico para implementação, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem.
De acordo com Bessa, o tipo de pavimento suporta melhor as cargas dos coletivos e dura mais tempo. Por isso, de acordo com o professor, a modalidade vem sendo usada em corredores de ônibus pela prefeitura de Fortaleza. Além da capital do Ceará, cidades como Recife já usam esse tipo de pavimentação, ressalta o especialista.
Os pisos intertravados, também chamados de pavimentos de blocos de concreto, são uma alternativa eficiente para pavimentação e também vêm sendo usados em diversas cidades do Ceará. &#8220;O pavimento intertravado está começando a crescer mais aqui no Brasil, principalmente em Fortaleza”, sublinha Silva.
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<h2>Praticidade e benefícios ambientais</h2>
Na prática, eles são &#8220;subtipos&#8221; do concreto e são utilizados em obras de urbanização como calçadas, estacionamentos, vias urbanas e áreas de lazer. Eles consistem em peças pré-moldadas que se encaixam sem o uso de argamassa ou cola, com estabilidade garantida pelo preenchimento das juntas com areia. Essa característica facilita reparos, pois os blocos podem ser removidos e recolocados sem danos permanentes.
Além da praticidade, os pisos intertravados oferecem benefícios ambientais importantes. Diferentemente do concreto convencional ou do asfalto, eles são permeáveis, permitindo que a água da chuva infiltre no solo. Essa capacidade ajuda a prevenir alagamentos e melhora o equilíbrio hídrico em áreas urbanas.
A troca do asfalto pelo concreto ou piso intertravado é um processo estratégico que considera aspectos técnicos, econômicos e ambientais. Ele também tem sido aplicado em projetos de requalificação urbana, por sua estética e funcionalidade. Além de vias do bairro, o material já foi aplicado em pontos turísticos importantes do estado, como o centro histórico de Sobral e na estrada CE-090, que liga as praias de Icaraí e Cumbuco, famosas no litoral cearense.
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<h2>Sustentabilidade x conforto térmico</h2>
A escolha entre asfalto e concreto para pavimentação envolve diversos fatores, incluindo sustentabilidade e conforto térmico. De acordo com Lucas Babadopulos, doutor em engenharia civil pela Universidade de Lyon (França), a sustentabilidade deve ser analisada sob diferentes aspectos, sendo os principais: ambiental, econômico e social.
Ele ressalta que, enquanto o concreto é mais sustentável em termos de refletividade solar e conforto térmico, o seu impacto ambiental pode ser maior devido à produção do cimento, que emite uma quantidade considerável de carbono. No entanto, o uso de materiais reciclados, como agregados alternativos, pode contribuir para reduzir a poluição gerada pela indústria do concreto.
Por outro lado, Silva também destaca a sustentabilidade do concreto, especialmente com a incorporação de resíduos na sua produção. Ele aponta que o concreto pode ser mais sustentável que o asfalto quando utiliza materiais alternativos, como cinzas de carvão ou resíduos da construção civil.
Quanto ao conforto térmico, o concreto é uma opção mais vantajosa do que o asfalto. Esse material, com sua coloração mais clara, reflete mais radiação solar, o que contribui para a redução do calor no ambiente urbano.
Babadopulos explica que, em dias ensolarados, o pavimento de concreto não aquece tanto quanto o asfalto, que pode atingir temperaturas de até 70 graus Celsius. Com a substituição, é possível reduzir a sensação térmica em até 10°C.
&#8220;Pavimentos intertravados de concreto são vantajosos por manterem temperaturas mais amenas, especialmente em horários de maior incidência solar, como ao meio-dia até&#8221;, complementa Silva.
<h2>Futuro e avanço no Brasil</h2>
Embora a substituição do asfalto por concreto seja uma medida que não ocorre apenas em cidades do Ceará, especialistas apontam que é necessário alternativas conjuntas para diminuir as temperaturas em regiões do Brasil.
Para o engenheiro Bessa, a troca do asfalto pelo concreto é um passo importante, mas precisa estar integrado com outras ações. &#8220;Substituir o asfalto pelo concreto não é uma solução definitiva, mas faz parte de um planejamento urbano que inclui a arborização, a redução do uso de veículos pessoais e o aumento do transporte não motorizado, como as bicicletas&#8221;, ressalta.
Ele defende que medidas complementares, como a melhoria da drenagem e o uso de energias limpas, devem acompanhar essas mudanças, para um impacto mais efetivo no longo prazo.
Segundo Silva, a substituição não vai solucionar completamente a formação das ilhas de calor, mas é uma medida que ajuda a reduzir o problema. Ele destaca ainda que, apesar de não ser uma solução única, a combinação do concreto com a arborização e um planejamento urbano mais voltado para os pedestres pode ter um impacto positivo. &#8220;Quem mais sente o calor é o pedestre. Por isso, o foco deve ser em criar ambientes urbanos que favoreçam quem caminha pelas ruas&#8221;, completa.
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Material reflete mais o sol e aquece menos que o asfalto, que pode atingir temperaturas de até 70 °C. Substituição pode reduzir a sensação térmica em até 10 °C, melhorando qualidade de vida em centros urbanos.

Como cidades do Ceará combatem o calor pavimentando ruas com concreto

O ano de 2024 consolidou-se como um marco climático preocupante ao se tornar o ano mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023. De acordo com o relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), as temperaturas globais médias ultrapassaram pela primeira vez o limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, um dos principais marcos estabelecidos pelo Acordo de Paris.
<h2>Quebrando recordes globais</h2>
Com uma temperatura média global de 15,10°C, 2024 foi 0,12°C mais quente do que 2023, representando um aumento de 1,6°C em relação aos níveis pré-industriais. Este ano também destacou um aumento de 0,72°C em relação à média de 1991–2020. Além disso, 11 meses de 2024 apresentaram temperaturas superiores a 1,5°C acima da referência pré-industrial, com o mês de julho registrando o recorde diário de 17,16°C.
<h2>O papel das atividades humanas</h2>
Os dados indicam que o aquecimento acelerado é amplificado pelas atividades humanas, como a emissão de gases de efeito estufa. Em 2024, as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e metano alcançaram níveis históricos: 422,1 ppm e 1.897 ppb, respectivamente. Estes números não apenas quebram recordes como reforçam a tendência de aquecimento, com uma taxa de aumento superior a 0,2°C por década.
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<h2>Impactos extremos no planeta</h2>
As consequências foram devastadoras. Inundações, ondas de calor e incêndios florestais intensificaram-se globalmente. Na América do Sul, a Bacia Amazônica e o Pantanal enfrentaram secas severas, enquanto o norte do Canadá registrou temperaturas acima da média histórica superiores a 3°C. Nos oceanos, a temperatura da superfície do mar atingiu uma média recorde de 20,87°C, contribuindo para eventos como o branqueamento global de corais.
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<h2>Uma nova era climática?</h2>
Embora o excedente de 1,5°C em 2024 não configure oficialmente o rompimento do Acordo de Paris — que exige uma média sustentada ao longo de décadas —, ele representa um alerta de que o limite pode ser ultrapassado de forma permanente já na próxima década. Especialistas apontam que, com o ritmo atual de aquecimento, o planeta está em rota para ultrapassar os 2°C no final do século, intensificando ainda mais os eventos extremos.
Para a Climatempo, os dados apresentados reforçam que a crise climática já não é um problema do futuro, mas uma realidade que exige ação imediata. “O relatório de 2024 é um marco histórico e um sinal claro de que o Brasil e o mundo precisam acelerar a adaptação climática. Não se trata apenas de enfrentar eventos extremos, mas de reestruturar setores inteiros para garantir resiliência. No Brasil, os setores infraestrutura, agrícola, energético e de recursos hídricos estão entre os mais vulneráveis e exigem um planejamento climático integrado”, avalia o gerente técnico Pedro Regoto,  especialista em Clima e Mudanças Climáticas na Climatempo.
A Climatempo se posiciona como parceira estratégica para empresas, fornecendo soluções inovadoras de monitoramento, previsão e análise de risco climático. Com ferramentas avançadas e uma equipe de especialistas, buscamos apoiar tomadas de decisão baseadas em ciência, promovendo ações que minimizem impactos e criem caminhos para um futuro sustentável.

Temperaturas ultrapassaram 1,5°C acima do nível pré-industrial, quebrando recordes e destacando a urgência de ações climáticas.

2024: O ano mais quente da história e um alerta climático global

A PL virou Lei, e agora todos os olhos se voltam para implementação do mercado de carbono regulado. O terceiro episódio da série sobre mercado de carbono aborda o desafio da precificação destes créditos e o custo oculto? Quem fica com o risco e com a responsabilidade?
Nosso convidado é Daniel Vargas professor da Escola de Economia da FGV em São Paulo. Acompanhe
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A Climatempo lançou uma série sobre Mercado de Carbono com o apoio da ABAG e você pode conferir os episódios que estão disponíveis abaixo:
1 – <a href="https://www.youtube.com/watch?v=YBbppgvp0io">Podcast #255- Saiba tudo sobre o projeto aprovado</a>
2 &#8211; <a href="https://www.youtube.com/watch?v=9gU00DLgf_o&amp;t=299s">Podcast#258 -Conceitos do Mercado de Carbono</a>
Onde ouvir o podcast AgroTalk 
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Entenda o que é o custo oculto e quais os casos já aplicados

Mercado de Carbono: Entenda a precificação e os custos ocultos na era do mercado regulatório

Artigo: Por Décio Luiz Gazzoni, engenheiro agrônomo, pesquisador da Embrapa, e membro do Conselho Científico Agro Sustentável e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica
Os efeitos das mudanças climáticas na vida de cada habitante do planeta Terra estão se tornando cada vez mais bem compreendidos. Infelizmente, para tanto foram necessários inúmeros desastres, como observado no Rio Grande do Sul. Recentemente, diversos estudos – publicados nas mais importantes revistas científicas do mundo &#8211; analisaram os impactos das mudanças climáticas sobre atividades e o bem estar da humanidade, entre elas a produtividade da força de trabalho (<a href="https://www.thelancet.com/journals/lanplh/article/PIIS2542-5196(21)00170-4/fulltext">bit.ly/3YP5CAN</a>), a produtividade da agropecuária (<a href="https://www.nature.com/articles/s41467-017-01792-x">bit.ly/3UR4US9</a>), a utilização da energia (<a href="https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.1613193114">bit.ly/3CpNg1D</a>) e a saúde humana <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27258598/">(bit.ly/3O4qQFw</a>).
Equipes de economistas debruçaram-se sobre os impactos da variação na temperatura média (<a href="https://www.nature.com/articles/nature15725">bit.ly/4fnCreR</a>) e da precipitação pluviométrica (<a href="https://www.nature.com/articles/s41586-021-04283-8">bit.ly/4eugWb2</a>), bem como os impactos das emissões de gases de efeito estufa sobre aspectos micro (<a href="https://www.nature.com/articles/s41586-021-03883-8">bit.ly/4hLoadG</a>) e macro econômicos <a href="https://www.nature.com/articles/s41586-018-0071-9">(bit.ly/4eyGN1E</a>).
<h2>Impactos inflacionários</h2>
A inflação é uma das principais mazelas econômicas que deprimem o bem estar social, com sérios reflexos, que vão além do terreno econômico <a href="https://ideas.repec.org/a/mcb/jmoncb/v45y2013i1p233-249.html">(bit.ly/3Au4pqr</a>), ingressando em searas políticas (<a href="https://ideas.repec.org/a/spr/inrvec/v69y2022i3d10.1007_s12232-022-00395-3.html">bit.ly/3Cu7veI</a>), sociais (<a href="https://ideas.repec.org/a/wly/idsxxx/v44y2013i3p31-37.html">bit.ly/40LjJtw</a>) e geopolíticas (<a href="https://www.ers.usda.gov/webdocs/publications/45213/48166_err167_summary.pdf?v=0">bit.ly/4fpiCnJ</a>), como a superveniência de desemprego e da depressão no nível de vida, que leva a fluxos migratórios em busca de melhores condições.
Estudos sobre o tema, especialmente da autoridade monetária da União Europeia, usaram flutuações climáticas históricas para identificar impactos na inflação, em função de mudanças em temperaturas médias (<a href="https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/scpwps/ecb.wp2626~e86e2be2b4.en.pdf">bit.ly/4fuYUH5</a>), na sua variabilidade temporal (<a href="https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/scpwps/ecb.wp2798~0608a462fb.en.pdf">bit.ly/3YPtX9g</a>), bem como de precipitação anual (<a href="https://www.econstor.eu/bitstream/10419/265996/1/cesifo1_wp9961.pdf">bit.ly/3O864VQ</a>).
Enquanto isso, ao contrário de outras interfaces das mudanças climáticas, não existem análises amplas sobre os impactos climáticos na inflação e, em particular, na inflação de alimentos devido às mudanças climáticas, em cenários futuros. Esse entendimento é crucial para uma avaliação abrangente do risco de mudança climática porque preços crescentes ou instáveis representam uma séria ameaça à sociedade global. A crise do custo de vida de 2021/2022 fornece um exemplo dessas implicações, com estimativas das Nações Unidas sugerindo que mais 71 milhões de pessoas podem ter ingressado na faixa da pobreza, devido ao rápido aumento dos preços <a href="https://www.undp.org/publications/addressing-cost-living-crisis-developing-countries-poverty-and-vulnerability-projections-and-policy-responses">(bit.ly/3CnzNXX</a>).
Para preencher esse hiato, um estudo recente, publicado em março de 2024 na revista Nature, pela equipe do Dr. Maximilan Kotz (<a href="https://www.nature.com/articles/s43247-023-01173-x">bit.ly/48LMIPw</a>), da Universidade de Potsdam, lança um holofote sobre o tema, com uma avaliação compreensiva dos riscos climáticos, indicando guiais para orientar os esforços de mitigação e adaptação dos governos, bem como alertar os formuladores de políticas monetárias sobre os riscos representados pelas mudanças climáticas. Entre outros aspectos, os autores explicitam que o potencial das mudanças climáticas para impactar a dinâmica da inflação, é de relevância cada vez mais alta para a condução da política monetária, modulando a capacidade dos bancos centrais de cumprirem seu mandato de estabilidade de preços no futuro, preocupação compartilhada pelo Banco Central Europeu (<a href="https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/scpops/ecb.op285~be7d631055.en.pdf">bit.ly/4hHLGYZ</a>).
Para o estudo em tela, esses autores utilizaram informações disponíveis, como a base de dados em alta resolução do Centro Europeu de Reanálise de Previsão de Tempo de Médio Prazo, disponível em <a href="https://rmets.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/qj.3803">bit.ly/3YMDtKD</a>, associados com um conjunto de dados de índices de preços mensais para diferentes agregados de bens e serviços em 121 países do mundo, desenvolvido e em desenvolvimento, que compreende o período de 1996-2021.
<h2>Conclusões</h2>
O prof. Kotz e colaboradores, aplicaram processos estatísticos e econométricos sofisticados, utilizando mais de 27.000 observações de índices mensais de preços ao consumidor em todo o mundo, para quantificar os impactos das condições climáticas na inflação. Eles verificaram que temperaturas mais altas aumentam a inflação de alimentos e a inflação geral, de forma consistente e persistente, ao longo de 12 meses, observável tanto em países de renda mais alta quanto mais baixa. Esses efeitos variam entre as estações e regiões, dependendo de forma direta das condições climáticas, com impactos adicionais da variabilidade diária da temperatura e precipitação extrema.
Os resultados do estudo mostraram que, os aumentos de temperatura projetados pelo IPCC para 2035, implicam em pressões ascendentes sobre a inflação de alimentos entre 0,92 e 3,23 pontos percentuais, e uma amplitude na inflação geral entre 0,32 e 1,18 pontos percentuais por ano. As pressões são maiores em latitudes baixas, próximas ao equador, e mostram forte sazonalidade em latitudes altas, atingindo o pico no verão. O estudo refere um exemplo, de como o calor extremo, verificado no verão de 2022, aumentou a inflação dos alimentos na Europa entre 0,43-0,93 pontos percentuais, sendo esses índices amplificados entre 30 e 50%, quando projetados para o cenário mais provável de 2035.
Em síntese, além de todos os problemas já elencados em estudos envolvendo outras áreas de impacto das mudanças climáticas, a sociedade global precisa estar atenta à inflação nos alimentos, com todas as suas consequências deletérias porque, além de reduzir o bem-estar social, significa instabilidade política, desemprego, fluxos migratórios e deterioração da condição de saúde da população, por inadequação do atendimento das necessidades nutricionais.
O exposto acima impacta, diretamente, as cadeias de valor da produção agrícola, a montante do consumidor, com aumento de custos, redução de demanda e de margens. A solução para a questão passa pelo investimento maciço em Ciência e Tecnologia, para gerar desenvolvimento tecnológico sustentável, que permita a adoção de tecnologias que evitem a emissão de gases de efeito estufa, ou que mitiguem impactos das mudanças climáticas sobre a produção de alimentos.
Exemplos práticos de como atingir estas metas podem ser visualizados no site do CESB (<a href="https://www.cesbrasil.org.br/">cesbrasil.org.br</a>), onde é demonstrado como é possível produzir soja em condições sustentáveis.

Estudo mostra que as temperaturas mais altas aumentam a inflação geral. Esses efeitos variam entre as estações e regiões. Entenda

Mudanças climáticas aumentam o custo dos alimentos

A partir de agora, o Brasil conta oficialmente com uma regra que estabelece as bases para um mercado regulado de carbono no estilo cap and trade. A nova legislação determina limites de emissões de gases de efeito estufa (cap) e permite que o excedente das permissões, a Cota Brasileira de Emissões (CBE), e dos créditos, o Certificado de Redução ou Remoção Verificada de Emissões (CRVE), sejam passíveis de negociação (trade).
A CBE é um ativo transacionável, representativo do direito de emissão de 1 tCO 2 e (uma tonelada de dióxido de carbono equivalente), outorgado pelo órgão gestor do SBCE, de forma gratuita ou onerosa, para as instalações ou as fontes reguladas.
Com a legislação, nosso país entra para o grupo das nações que possuem um sistema regulado de precificação de carbono, o que fortalece sua posição no cenário global de combate às mudanças climáticas. A iniciativa deve atrair investimentos internacionais, fomentar a preservação ambiental e gerar novas oportunidades de negócio e renda.
O mercado doméstico de carbono passa então a ser dividido em dois modelos: regulado e voluntário.
A Climatempo lançou uma série sobre Mercado de Carbono com o apoio da ABAG e você pode conferir os episódios que estão disponíveis abaixo:
1 &#8211; Podcast #255- Saiba tudo sobre o projeto aprovado
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A produção primária agropecuária, bem como os bens, benfeitorias e a infraestrutura no interior da propriedade rural a ela diretamente associados ficaram de fora da regulamentação, devido principalmente à dificuldade em realizar medições mais precisas, enquanto não houver metodologia para contabilizar as mitigações. Também não serão consideradas emissões indiretas as decorrentes da produção de insumos ou de matérias-primas agropecuárias.
No entanto, o setor tem a oportunidade de gerar créditos de carbono com base na manutenção dos excedentes de Reserva Legal (RL), contribuindo tanto com a conservação da natureza e a sustentabilidade nos processos produtivos quanto no cumprimento das metas ambientais estabelecidas no país.
Para Natascha Trennepohl, integrante do comitê de Sustentabilidade da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e sócia do Trennepohl Advogados, há muitos desafios para os próximos anos.
“O SBCE será implementado em fases; a primeira, da regulamentação, deve levar de 12 a 24 meses. Visto que o texto foi sancionado sem vetos, os desafios para 2025 e 2026 estão relacionados à definição de regras para o monitoramento, a estruturação do registro, a definição de metodologias e a delimitação do próprio escopo da lei com a definição de quais os setores, os limites, as obrigações e até como será a governança e a estruturação do órgão gestor”.
Assista o segundo episódio da série:
2 &#8211; Podcast#258 -Conceitos do Mercado de Carbono
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Assista série produzida pela Climatempo em parceria com a ABAG. Entenda como irá funcionar este mercado depois da Lei sancionada

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