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O verão 2020/2021 começa astronomicamente no Hemisfério Sul às 7h02 do dia 21 de dezembro de 2020 e termina às 6h38 do dia 20 de março de 2021 pelo horário de Brasília. O Hemisfério Sul passa pelo solstício de verão e o Hemisfério Norte pelo solstício de inverno
Fenômenos típicos do verão
De forma geral, o fenômeno La Niña, que é caracterizado pela temperatura abaixo do normal na porção central do oceano Pacífico Equatorial, facilita a organização de convergências e conexões de fluxo de umidade entre as Regiões Norte, Centro-Oeste e a Região Sudeste, o que geram grandes áreas de chuva generalizada e persistente por vários dias consecutivos
A principal convergência de umidade que conecta estas Regiões é a ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul. A ZCAS é um fenômeno típico do verão que provoca chuva abundante em muitas áreas das Regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, o, mas as condições oceânicas durante o verão 2021 não serão favoráveis para a organização deste sistema.
Frente frias passam pela costa do Sul e do Sudeste durante o verão e ajudam a formar áreas de instabilidade sobre o interior do continente, que provocam chuva generalizada.
O ar quente e úmido, típico do verão, fica espalhado por quase todo o Brasil e estimula o crescimento das grandes nuvens cumulonimbus que provocam temporais, com chuva forte em pouco tempo, raios e fortes rajadas de vento. Estas nuvens se formam em todas as Regiões do país.
Outro sistema de tempo típico do verão é ZCIT - Zona de Convergência Intertropical - responsável por grande parte da chuva em vários estados do Norte e do Nordeste do Brasil.
Saiba mais sobre os principais sistemas meteorológicos que atuam sobre o Brasil nos meses de verão
Verão 2021 no Brasil
La Niña
O ano de 2020 termina com um fenômeno La Niña moderado a forte e que vai influenciar o Clima do verão de 2021 em parte do Brasil, com lento enfraquecimento até o fim da estação. As previsões mais recentes dos principais institutos internacionais de monitoramento do clima global apontam que a situação de neutralidade (nem La Niña e nem El Niño) na porção central do oceano Pacífico Equatorial só deve ocorrer entre abril e maio.
Os efeitos clássicos do fenômeno La Niña no Brasil são redução da chuva na Região Sul do Brasil, aumento da chuva na porção ao norte da Região Norte e do Nordeste. No Sudeste e Centro-Oeste, a La Niña também tende a facilitar as convergências de umidade que estimulam a chuva.
No verão 2020/2021, somente a Região Norte deve sentir os efeitos esperados de um fenômeno La Niña.
A previsão para o Nordeste do Brasil é de um verão com chuva abaixo da média normal sobre a maioria das áreas da Região.
Já na Região Sul, ao contrário do último verão, a previsão é de que o verão 2021 seja com chuva frequente. Quase toda a Região terá mais chuva do que o normal neste verão.
Na Região Sudeste, de forma geral, a tendência é de que chova dentro a acima de média climatológica sobre São Paulo, o centro-sul do Rio De Janeiro, o Sul/Sudoeste de Minas Gerais. As áreas ao centro-norte de Minas Gerais e o Espírito Santo, que tiveram chuva excessiva no verão passado, vão sentir falta de chuva neste verão.
No Centro-Oeste, de maneira resumida, o Mato Grosso do Sul terá chuva regular neste verão. Grande parte de Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal tendem a ter menos chuva do que o normal na estação.
No podcast O Clima entre Nós, a meteorologista Josélia Pegorim conversa com meteorologista Filipe Pungirum, especialista em previsão da climática da Climatempo, que analisa detalhadamente as condições do clima em cada Região do Brasil
Você encontra este e os demais episódios do Clima entre Nós na sessão podcast do site da Climatempo e nas principais plataformas de áudio.
Boa escuta!