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Foto: NOAA.
Novamente a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica - NOAA, postergou o término do fenômeno La Niña.
Em seu último relatório divulgado na segunda-feira, 18 de abril, a NOAA manteve a presença do fenômeno La Niña e agora a condição é de manutenção da água fria durante boa parte de 2022, eventualmente chegando no início de 2023.
Para o nosso inverno, chances de 59% de manutenção do fenômeno. Nas últimas semanas, a anomalia de TSM (temperatura da superfície do mar) persiste em alcançar até as áreas mais a leste do Oceano Pacífico Equatorial.
Até mesmo as temperaturas em profundidade seguem negativas e se deslocam para leste, através do Oceano Pacífico Equatorial. As anomalias positivas em profundidade agora estão perto do Oceano Pacífico Oriental.
De julho de 2020 a abril de 2022 tivermos apenas dois trimestres móveis marcados por neutralidade, sendo eles maio-junho-julho e junho-julho-agosto do ano de 2021. Os demais meses, todos sob influência do fenômeno La Niña.
Consequências no Brasil
Apesar da chuva forte dos últimos meses sobre o Mercosul, Região Sul e partes de Mato Grosso do Sul, o fenômeno La Niña voltará a se impor, deixando a chuva abaixo da média em áreas do centro e sul do Brasil entre os meses de maio e de julho de 2022.
Se por um lado, o padrão climático é mais favorável para o desenvolvimento de culturas de inverno, com intensificação das ondas de frio, por outro lado, coloca a segunda safra de milho sob risco de perdas.
Já áreas das Regiões Norte e costa do Nordeste deve ser marcada por chuva acima da média, situação também esperada para um período influenciado pelo La Niña.